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O governo do presidente americano Donald Trump iniciou uma nova rodada de demissões que afetará a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês), uma agência chave responsável por monitorar o clima, os oceanos e as pescas do país.
Segundo informaram fontes próximas à agência à The Associated Press, mais de 1.000 funcionários serão demitidos, o que representa aproximadamente 10% de sua força de trabalho atual.
Na terça-feira, a NOAA começou a planejar os cortes de pessoal, e os gerentes foram instruídos a enviar para a sede os nomes dos cargos afetados, que serão posteriormente encaminhados ao Departamento de Comércio, a agência-mãe da NOAA.
No total, espera-se que sejam eliminados 1.029 postos dos 10.290 funcionários atuais da agência.
Os cortes dão continuidade a uma série de reduções de pessoal que começaram em fevereiro, com demissões e aposentadorias incentivadas que afetaram gravemente a operatividade da NOAA.
Quando esses 1.029 trabalhadores saírem, terão sido perdidos cerca de um quarto dos empregos da agência desde que Trump assumiu o cargo.
Conhecida principalmente por suas previsões meteorológicas e pelo monitoramento de fenômenos naturais como furacões, tornados, inundações e tsunamis, a NOAA também desempenha um papel crucial na gestão das pescarias do país, realiza pesquisas sobre mudanças climáticas e clima espacial, e apoia as respostas a desastres, como derrames de petróleo.
Seu ex-administrador, Rick Spinrad, expressou sua preocupação com os cortes, apontando que eles ameaçam suas capacidades fundamentais. "Isso não é eficiência governamental, são os primeiros passos em direção à erradicação", afirmou.
Apesar das críticas, a porta-voz da NOAA, Monica Allen, afirmou que continuarão cumprindo com sua missão de segurança pública, fornecendo informações meteorológicas, previsões e alertas.
No entanto, a redução de pessoal já teve um impacto visível: a agência deixou de lançar balões meteorológicos em duas localizações chave, Albany, Nova Iorque, e Gray, Maine, devido à falta de pessoal.
Além disso, teme-se que os cortes nas subsídios à pesquisa afetem o desenvolvimento de tecnologias para melhorar as previsões meteorológicas, o que poderia fazer com que os Estados Unidos perdessem sua liderança tecnológica no setor.
O ex-chefe científico da NOAA, Craig McLean, advertiu que as pessoas em breve começarão a ver as consequências das medidas, tanto na precisão das previsões meteorológicas quanto na sustentabilidade das pescarias comerciais.
Perguntas frequentes sobre os cortes na Agência Meteorológica dos EUA.
Quantos empregados serão demitidos da Agência Meteorológica dos EUA?
Mais de 1.000 empregados serão demitidos do Escritório Nacional de Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA), o que representa aproximadamente 10% da sua atual força de trabalho.
Como esses cortes afetarão a precisão das previsões meteorológicas nos EUA?
Os cortes podem afetar a precisão das previsões meteorológicas nos EUA, uma vez que a redução de pessoal e de subsídios para pesquisa pode limitar o desenvolvimento de novas tecnologias para aprimorar as previsões.
Qual será o impacto dos cortes na preparação para a temporada de furacões?
Segundo congressistas da Flórida, os cortes representam uma ameaça à preparação para furacões, pois reduziria os recursos e o pessoal necessários para monitorar e prever esses fenômenos de maneira eficaz.
Quais outras áreas da NOAA serão afetadas pelos desligamentos?
Além das previsões meteorológicas, a gestão das pescarias e a pesquisa sobre mudanças climáticas e clima espacial podem ser afetadas, o que pode ter consequências na sustentabilidade das pescarias comerciais e na capacidade de resposta a desastres.
Qual é a postura do governo Trump sobre esses cortes?
A administração Trump, liderada por Elon Musk no Departamento de Eficiência Governamental, defende os cortes como uma forma de reduzir os gastos públicos e modernizar a gestão estatal, apesar das críticas sobre o impacto negativo na segurança e operabilidade de agências-chave como a NOAA.
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