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Os cubanos na ilha se mobilizaram nesta terça-feira para doar sangue A+ em apoio ao traslado para os Estados Unidos de Damir Ortiz Ramírez, um menino de 10 anos que luta contra a neurofibromatose tipo 1 e leucemia aguda.
Em resposta a um pedido urgente de doações de plaquetas para estabilizar o menor antes de sua viagem em uma ambulância aérea para Miami, cidadãos de diversas partes de Cuba chegaram para doar no Banco de Sangue de Havana, especificamente no centro localizado na interseção das ruas 23 e 2, no Vedado.
A campanha foi iniciada após um vídeo publicado pela activista Idelisa Diasniurka Salcedo Verdecia e uma transmissão ao vivo, na qual foi relatado que o Instituto de Hematologia e Imunologia havia reportado falta de sangue A+ para o tratamento de Damir.
Diante dessa situação, a comunidade respondeu rapidamente e, graças à colaboração dos vizinhos e à intervenção do Dr. Miguel Ángel Ruano Sánchez, presidente do Gremio Médico Cubano Livre, foi organizado um operativo para coletar as doações.
No entanto, o Banco de Sangue inicialmente se negou a processar as doações, alegando que não havia merenda nem técnicos. Após a pressão dos presentes, que começaram a divulgar a situação nas redes sociais, os diretores da instituição informaram que as coletas de sangue seriam realizadas, informou a ativista Yamilka Laffita, conhecida como Lara Crofs no Facebook.
"Obrigado pela coragem de ficar ali apesar das consequências", expressou.
Este ato de solidariedade faz parte de uma corrente de esforços que permitiram à família de Damir cumprir os requisitos para sua transferência para os Estados Unidos, onde receberá tratamento especializado.
Em apenas algumas horas, cubanos na ilha e no exterior arrecadaram mais de 45.000 dólares para custear a ambulância aérea que levará a criança e sua mãe, Eliannis Ramírez, para o Nicklaus Children's Hospital em Miami. Na segunda-feira, uma pessoa também ofereceu uma conta de backup de 300 mil dólares para completar os requisitos do avião.
Recentemente, a Embaixada dos EUA em Cuba aprovou o visto humanitário que permitirá ao menino receber atendimento médico urgente no exterior. A campanha continua recebendo apoio, e os cubanos seguem demonstrando sua unidade em momentos de crise.
"Grupo de pé! A solidariedade nos move. Continuemos lutando até que Damir esteja bem", concluiu a ativista em sua mensagem, instando os cubanos a se manterem firmes em seu apoio.
Perguntas frequentes sobre o caso do menino cubano Damir Ortiz
Por que foi necessária uma campanha de doação de sangue para Damir Ortiz?
A campanha de doação de sangue foi necessária para estabilizar a saúde de Damir Ortiz antes de sua transferência para os Estados Unidos. O menino, que sofre de neurofibromatose tipo 1 e leucemia aguda, necessitava de sangue tipo A+ para receber tratamento antes de sua viagem de ambulância aérea para Miami.
Como foi conseguido financiar a transferência de Damir para os Estados Unidos?
A comunidade cubana na ilha e no exterior mobilizou-se rapidamente para arrecadar fundos por meio de doações, conseguindo reunir mais de 45.000 dólares em um tempo recorde. Esse dinheiro permitiu financiar o serviço de ambulância aérea necessário para transportar Damir e sua mãe para Miami, onde o menino receberá tratamento médico especializado. O valor superou os 41.800 dólares necessários para o traslado.
Quais obstáculos a família de Damir enfrentou para obter o visto humanitário?
A família de Damir enfrentou múltiplos obstáculos burocráticos, principalmente a negativa do Ministério da Saúde Pública de Cuba (MINSAP) em fornecer a documentação necessária para o visto. Apesar de que inicialmente foi negado o visto humanitário, finalmente a Embaixada dos EUA em Cuba concedeu a permissão após receber a documentação exigida.
Quais complicações médicas afetam Damir Ortiz?
Damir Ortiz sofre de neurofibromatose tipo 1, um neurofibroma plexiforme no olho direito e leucemia aguda. Essas condições pioraram seu estado de saúde, agravadas pela falta de recursos e tratamentos adequados em Cuba. Sua delicada saúde requer atenção médica especializada que não está disponível na ilha.
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