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O doutor Miguel Ángel Ruano Sánchez, presidente do Gremio Médico Cubano Libre, alertou neste domingo sobre o delicado estado de saúde de Geobel Damir Ortiz Ramírez, que continua internado na unidade de terapia intensiva do Instituto de Hematologia.
Ruano explicou no Facebook que Damir, diagnosticado com neurofibromatose tipo 1 e que apresenta um neurofibroma plexiforme no olho direito, foi classificado como paciente grave e instável, após ter enfrentado uma madrugada de complicações.
Nas últimas horas, apresentou uma nova queda nas plaquetas e na hemoglobina, além de sangramento devido à lesão na lateral do rosto e no olho direito.
Diante dessa situação, os especialistas administraram o antimicótico Anfotericina B e realizaram uma nova transfusão de três unidades de plaquetas, plasma e glóbulos, um procedimento que continuou durante a manhã deste domingo, destacou o médico.
Apesar da gravidade do quadro clínico, uma radiografia de tórax indicou uma leve melhoria respiratória, o que sugere uma boa resposta ao tratamento antibiótico, conforme informou o doutor Raúl, médico intensivista.
Além disso, foi relatada uma melhora na diurese, Damir se mantém afebril, consciente e cooperativo na realização dos procedimentos médicos.
Os últimos exames de laboratório mostram que a hemoglobina está em 7,4, as plaquetas em 16 mil e os leucócitos em 3 mil.
Após completar as transfusões, espera-se realizar novos exames de sangue para avaliar a evolução da criança, que continua em franca instabilidade clínico-hematológica.
Nos últimos meses, a situação de saúde de Damir piorou com um diagnóstico de leucemia aguda, que complica ainda mais sua delicada saúde.
A Embaixada dos Estados Unidos em Cuba informou em fevereiro passado que daria continuidade ao processo para conceder uma visa humanitária ao menino cubano Damir.
A ativista Diasniurka Salcedo, uma das pessoas que tem acompanhado este caso, confirmou que o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) entrou em contato com a madrinha de Damir para solicitar documentos adicionais, o que representa uma esperança para dar continuidade ao processo do visto.
Perguntas frequentes sobre o caso do menino cubano Damir Ortiz Ramírez
Qual é o estado de saúde atual do menino Damir Ortiz Ramírez?
Damir está em estado grave e instável, internado na unidade de terapia intensiva do Instituto de Hematologia. Apresenta neurofibromatose tipo 1, um neurofibroma plexiforme no olho direito, e foi diagnosticado com leucemia aguda. Tem experimentado complicações como queda de plaquetas e hemoglobina, sangramento facial e problemas respiratórios. Embora haja uma leve melhora respiratória, sua situação continua crítica.
Por que Damir não conseguiu viajar para os Estados Unidos para receber tratamento?
Damir não pôde viajar para os Estados Unidos devido à recusa do Ministério da Saúde Pública de Cuba (MINSAP) em emitir a documentação necessária para um visto humanitário. O MINSAP sustenta que Cuba possui os recursos necessários para tratar Damir, embora ativistas e sua mãe tenham denunciado a falta de tratamentos adequados na ilha. A falta dessa documentação tem sido um obstáculo importante no processo de visto, o que resultou em recusas por parte da embaixada americana.
Que ações estão sendo tomadas para ajudar Damir?
Se realizaram múltiplos esforços para ajudar Damir, incluindo uma campanha de arrecadação de fundos no GoFundMe organizada por ativistas como Diasniurka Salcedo Verdecia. A campanha busca reunir 40.000 dólares para cobrir despesas médicas e de deslocamento para um hospital em Miami que aceitou tratar Damir. Também foram realizadas manifestações e buscou-se apoio internacional para pressionar pela necessidade do visto humanitário.
Qual tem sido a resposta do governo cubano diante do caso de Damir?
O governo cubano tem utilizado o caso de Damir como um exemplo de seu sistema de saúde, afirmando que recebeu atendimento médico especializado e acesso a tecnologia avançada. No entanto, negaram sua transferência para o exterior, argumentando que isso poderia agravar seu estado. Essa postura foi criticada por ativistas e familiares que denunciam a falta de recursos e tratamentos adequados na ilha.
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