
Vídeos relacionados:
Uma jovem santiaguera faleceu na Sala de Queimados do Hospital Clínico Quirúrgico Juan Bruno Zayas em Santiago de Cuba, após vários dias de internação devido às graves queimaduras que sofreu em 56% do corpo e à inalação de fumaça que afetou suas vias respiratórias.
O jornalista independente Yosmany Mayeta relatou no Facebook que o trágico acontecimento comoveu a comunidade de Chivirico, no município costeiro de Guamá, onde residia a vítima, identificada como Aldaris Hung Vega, licenciada em Espanhol e Literatura.
De acordo com a publicação do comunicador, as circunstâncias de sua morte ainda não estão totalmente claras, uma vez que existem duas versões diferentes entre vizinhos e pessoas próximas sobre o que ocorreu.
Alguns apontam que seu parceiro a teria trancado em um quarto e ateado fogo, enquanto outros afirmam que o feito não foi provocado pelo jovem, embora ele permaneça detido enquanto as autoridades investigam o caso, ressaltou Mayeta.
"Existem diversos comentários. Alguns dizem que foi seu parceiro quem lhe ateou fogo, mas outros asseguram que ele não tem culpa e está apenas detido por precaução até que os fatos sejam esclarecidos", comentou uma amiga próxima da falecida.
Por enquanto, as autoridades não emitiram um relatório oficial que confirme se se tratou de um feminicídio ou de um ato autoinduzido.
No entanto, sua parceira sentimental está sob custódia policial enquanto avança a investigação.
Nos últimos meses, vários casos de queimaduras e agressões similares têm chocado a sociedade cubana. Um dos mais impactantes ocorreu em Santiago de Cuba, onde uma família inteira foi assassinada e sua residência incendiada para encobrir um roubo. O trágico acontecimento deixou três vítimas mortais e gerou indignação entre os vizinhos, que denunciaram a insegurança na área.
Outro caso recente é o de Isaira Despaigne, uma mãe de 33 anos em Santiago de Cuba, que morreu devido a queimaduras severas. Testemunhas afirmaram que seu parceiro ateou fogo nela, embora as autoridades não tenham confirmado oficialmente os detalhes do crime. A tragédia deixou os três filhos órfãos e gerou fortes clamores por justiça nas redes sociais.
Casos de extrema violência como este também ocorreram em Havana. Em maio de 2023, uma adolescente de 13 anos morreu queimada por um homem que, após uma discussão com o pai da vítima, lançou um líquido inflamável e colocou fogo na casa da família. A comunidade exigiu justiça para a menor, cujo caso evidenciou o aumento da violência extrema no país.
Além dos ataques intencionais, os incêndios acidentais também causaram estragos. Em setembro de 2023, uma jovem em Havana sofreu queimaduras graves e perdeu todos os seus pertences quando uma moto elétrica explodiu dentro de sua casa. A proliferação desses incidentes tem sido atribuída a problemas com as baterias de lítio, o que gerou preocupação sobre a segurança desses veículos no país.
Perguntas frequentes sobre a violência e feminicídios em Santiago de Cuba
O que se sabe sobre a morte de Aldaris Hung Vega?
Aldaris Hung Vega faleceu após sofrer graves queimaduras em seu corpo, que afetaram 56% de sua pele e vias respiratórias. As circunstâncias de sua morte são controversas, com versões que sugerem que seu parceiro pode tê-lo trancado e ateado fogo, embora isso não tenha sido oficialmente confirmado.
Como a crise econômica está afetando a segurança em Cuba?
A crise econômica em Cuba intensificou os problemas de segurança, com um aumento nos roubos e na violência. A falta de recursos e oportunidades levou a situações de desespero, aumentando os delitos nas áreas mais vulneráveis.
Quais medidas estão sendo tomadas pelas autoridades diante da violência em Santiago de Cuba?
As autoridades realizaram algumas detenções relacionadas a assassinatos em Santiago de Cuba, mas a população critica a falta de medidas efetivas. A comunidade continua exigindo ações mais contundentes para melhorar a segurança, especialmente diante da onda de violência que se vive.
Qual é a situação dos feminicídios em Cuba?
Em Cuba, o feminicídio não está tipificado como crime no Código Penal. Em 2023, foram julgados 60 casos de assassinatos de mulheres por razões de gênero. A falta de um reconhecimento legal específico para os feminicídios dificulta a contagem e o tratamento adequado desses crimes.
Arquivado em: