Um cubano residente nos Estados Unidos protagonizou um ato de solidariedade ao ajudar uma compatriota de 85 anos a recuperar seu cartão de residência permanente, que havia sido enviado para o seu endereço pelo Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS).
A beneficiária, Alexis Fernández Martínez, estava há meses esperando a documentação que lhe permitiria estabelecer-se legalmente no país. No entanto, os agentes do USCIS responsáveis pelo seu caso enviaram o cartão para um endereço onde ela já não residia.
O cubano Edel Valdés, que recebeu o cartão na caixa de correio de sua casa, decidiu procurar os meios de comunicação para tornar pública a situação e encontrar a verdadeira proprietária do documento. Contatou o jornalista da Univisión Javier Díaz, que ajudou a divulgar o caso.
“Ir para os meios foi a melhor opção para que esta senhora conseguisse a sua residência. Se a devolvesse, poderia levar dois anos até que a recebesse novamente”, explicou Valdés.
Segundo comentou Díaz, a idosa teria chegado aos Estados Unidos em 2023 sob o programa de liberdade condicional humanitária ou através de asilo político.
Após a divulgação do caso na mídia, o filho de Alexis Fernández conseguiu localizar Valdés e se apresentou em sua casa para pegar a residência de sua mãe.
“Isto é um milagre”, exclamou o homem, que explicou que no passado havia vivido no endereço para o qual o USCIS enviou o documento. “Não esperava por isso. Vim aqui como última opção depois de procurar em outros lugares e pensei que talvez tivessem enviado para a casa onde vivíamos antes”, acrescentou.
O gesto de Valdés foi amplamente celebrado nas redes sociais, onde muitos ressaltam a solidariedade e o apoio entre os cubanos no exílio. No entanto, o caso também evidencia os erros administrativos que podem afetar os imigrantes, atrasando seu processo de legalização.
A advogada de imigração Patricia Hernández explicou à Univisión que esses erros não são incomuns. “A imigração, de vez em quando, comete erros ao enviar a residência permanente. É crucial que as pessoas acompanhem seu processo. Quando o USCIS envia o cartão, sempre fornece um número de rastreamento. Com esse número, é possível verificar a entrega e, se houver um erro, é importante ligar imediatamente para corrigi-lo,” recomendou.
Este caso sublinha a importância da vigilância nos trâmites migratórios e o valor da comunidade cubana no exílio, onde a solidariedade continua a fazer a diferença na vida de muitos.
Perguntas frequentes sobre erros administrativos em processos migratórios e a solidariedade cubana no exílio
O que aconteceu com a residência permanente de Alexis Fernández Martínez?
A residência permanente de Alexis Fernández Martínez foi enviada por engano para um endereço incorreto, onde residia outro cubano, Edel Valdés. Valdés decidiu recorrer aos meios de comunicação para encontrar a verdadeira proprietária e, finalmente, conseguiu devolver o documento através do filho de Fernández.
Quais ações os imigrantes devem tomar se ocorrer um erro com sua residência permanente?
Segundo a advogada de imigração Patricia Hernández, é crucial que os imigrantes acompanhem seu processo e utilizem o número de rastreamento fornecido pelo USCIS para verificar a entrega. Em caso de erro, deve-se ligar imediatamente para as autoridades para corrigi-lo e evitar atrasos prolongados na recepção do documento.
Por que é importante a solidariedade entre cubanos no exílio?
A solidariedade entre cubanos no exílio é fundamental para enfrentar dificultação migratória e administrativa. Casos como o de Edel Valdés destacam o apoio mútuo que pode ajudar a resolver problemas, como erros no envio de documentos importantes, e a fortalecer a comunidade no exterior.
Quais erros administrativos comuns podem afetar os imigrantes nos EUA?
Erros administrativos comuns incluem o envio incorreto de documentos como a residência permanente para endereços errados. Esses erros podem causar atrasos significativos nos processos de legalização e afetar negativamente a estabilidade dos imigrantes no país.
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