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Nos primeiros meses de 2025, Honduras tem experimentado uma diminuição no número de migrantes que transitam pelo seu território. Segundo dados do Instituto Nacional de Migração (INM), essa redução é atribuída a um maior controle fronteiriço e às políticas migratórias implementadas na região.
A despeito dessa tendência geral, a rota utilizada por cidadãos cubanos para atravessar Honduras e seguir em direção aos Estados Unidos permanece ativa e com um fluxo constante.
Esses migrantes costumam entrar no país pelo leste, especificamente pelos municípios de Danlí e Trojes, no departamento de El Paraíso. Esta região se tornou um ponto de entrada habitual devido à sua proximidade com a Nicarágua, país que não exige visto para os cidadãos cubanos.
De acordo com dados migratórios recentes, entre 1º de janeiro e 28 de fevereiro de 2025, um total de 2.337 migrantes cubanos ingressaram em Honduras de forma irregular, utilizando exclusivamente a via terrestre.
A maioria desses migrantes foi registrada na delegação de Danlí (2.224 pessoas), enquanto um número menor passou por Choluteca (113 pessoas).
A análise por faixas etárias revela que a maior parte dos migrantes cubanos neste período tem entre 21 e 40 anos, sendo o grupo de 31-40 anos o mais numeroso, com 598 pessoas, seguido do grupo de 21-30 anos, com 641 pessoas.
Além disso, foi registrada a presença de 192 crianças menores de 10 anos, o que evidencia a migração de famílias inteiras.
Quanto à distribuição por gênero, foi identificado que 1.005 homens e 868 mulheres cruzaram a fronteira hondurenha, além de 240 meninas e 224 meninos.
Em 2024, mais de 60.000 migrantes cubanos cruzaram Honduras em sua rota para os Estados Unidos, de acordo com dados do INM.
Nos primeiros dois meses de 2024, 11.082 migrantes cubanos entraram de forma irregular em Honduras, o que representa uma redução de 78,9% em 2025, quando foram reportados 2.337 migrantes cubanos.
A principal diferença entre os dois períodos reside na forma de entrada. Em 2024, a maioria dos migrantes cubanos foi registrada através de controles internos (9.719 casos), o que sugere que muitos foram detectados dentro do país em vez de serem reportados diretamente ao cruzar a fronteira.
Em contraste, em 2025, 100% dos migrantes cubanos entraram pelo caminho terrestre e foram contabilizados em pontos de fronteira.
Expertos em migração apontam que a crise econômica e política em Cuba continua sendo o principal fator que leva seus cidadãos a emigrar. Além disso, a flexibilização de algumas políticas na Nicarágua facilitou que os cubanos utilizem essa rota para sair da ilha e buscar melhores oportunidades na América do Norte.
Enquanto as autoridades hondurenhas monitoram a situação, organismos internacionais expressaram sua preocupação com os riscos que os migrantes enfrentam durante sua passagem pela América Central, incluindo extorsões, abusos e detenções arbitrárias.
Perguntas frequentes sobre a migração de cubanos através de Honduras em direção aos Estados Unidos
Por que a rota de migração cubana através de Honduras continua ativa?
A rota cubana continua ativa devido à proximidade de Honduras com a Nicarágua, um país que não exige visto para os cubanos. Isso facilita o trânsito inicial de Cuba para Honduras, onde os migrantes atravessam o território hondurenho para continuar em direção aos Estados Unidos. Apesar da diminuição do fluxo migratório em geral, os cubanos continuam a utilizar essa rota devido às condições econômicas e políticas em Cuba.
Que dados revelam as estatísticas da migração cubana em Honduras em 2025?
Entre 1 de janeiro e 28 de fevereiro de 2025, 2.337 migrantes cubanos ingressaram em Honduras de forma irregular. A maioria deles foi registrada na delegação de Danlí, no departamento de El Paraíso. Esse número representa uma diminuição significativa de 78,9% em comparação com o mesmo período de 2024, quando ingressaram 11.082 cubanos. Essa redução se deve em grande parte a um controle mais rigoroso nas fronteiras e à detecção mais eficaz dos migrantes.
Qual é o perfil demográfico dos migrantes cubanos que cruzam Honduras?
O análise por grupos etários mostra que a maioria dos migrantes cubanos tem entre 21 e 40 anos. O grupo mais numeroso é o de 31-40 anos, com 598 pessoas, seguido do grupo de 21-30 anos com 641 pessoas. Também foi registrada a presença de 192 crianças menores de 10 anos, o que indica que muitas famílias inteiras estão migrando. Quanto ao gênero, foram identificados 1.005 homens e 868 mulheres, além de 240 meninas e 224 meninos cruzando a fronteira hondurenha.
Quais são os riscos que os migrantes cubanos enfrentam em sua rota pela América Central?
Os migrantes cubanos enfrentam numerosos perigos durante sua travessia pela América Central, incluindo extorsões, abusos e detenções arbitrárias. A rota migratória pode ser perigosa e está repleta de desafios, especialmente em regiões onde o controle estatal é limitado e os migrantes são vulneráveis à exploração por redes criminosas.
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