O músico oficialista cubano Arnaldo Rodríguez saiu em defesa de Lis Cuesta, esposa de Miguel Díaz-Canel, após sua participação no programa "Cuadrando la Caja", onde abordou o tema dos eventos culturais e seu impacto na economia cubana.
Rodríguez elogiou a intervenção da impopular primeira-dama da ilha e afirmou em um post no Facebook que "ela se saiu bem".
"Excelente Lis Cuesta sobre os eventos culturais! Muito certeira. Concordo 100% com sua projeção sobre o tema. Vale a pena ver o programa completo, ela 'mandou' bem!", disse o cantor.
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A defesa de Cuesta responde às críticas que surgiram após sua aparição na televisão como Doutora em Ciências e especialista em Economia da Cultura, em um painel ao lado de Fernando León Jacomino, vice-ministro da Cultura, e Michel Torres Corona, apresentador do programa "Con Filo".
Durante a intervenção, Cuesta defendeu a ideia de que os eventos culturais são uma fonte importante de receitas para a economia cubana, afirmando que "sim geram lucros", embora não tenha apresentado números nem detalhes sobre como esses recursos são geridos.
Além disso, afirmou que esses eventos, muitos deles exclusivos e caríssimos, "não podem ser negados ao povo" apenas por haver um contexto de crise.
Em sua opinião, a cultura desempenhou um papel chave para atrair o turismo, especialmente quando Cuba foi reconhecida principalmente como um destino de sol e praia.
Apesar disso, evitou mencionar os problemas relacionados com os pagamentos atrasados a artistas e entidades culturais, um tema recorrente no setor.
Arnaldo é um dos artistas oficialistas que com mais veemência apoia a narrativa do governo comunista e critica - e até ridiculariza - o crescente número de vozes que exigem uma mudança em Cuba.
Recentemente, compôs "Aquí no hay marcha atrás", uma canção que exalta a vida dos cubanos com apagões e cozinhas de lenha, e que gravou junto a outros cantores oficialistas como Mayito Rivera e Osdalgia.
Em dezembro, foi o escolhido para encerrar a Marcha do Povo Combatente convocada por Díaz-Canel para clausurar o período de sessões da Assembleia Nacional. Nessa ocasião, ele realizou um concerto no Malecón habanero, ao qual compareceu apenas uma centena de pessoas.
O espetáculo foi um verdadeiro fracasso. A escassez de público foi mais do que evidente; no entanto, ele falsificou a realidade e compartilhou em suas redes um vídeo que correspondia a outra apresentação, e não ao evento publicitário.
Perguntas frequentes sobre Arnaldo Rodríguez e Lis Cuesta em Cuba
Por que Arnaldo Rodríguez defendeu Lis Cuesta na televisão?
Arnaldo Rodríguez defendeu Lis Cuesta após sua participação no programa "Cuadrando la Caja", elogiando sua intervenção sobre o impacto dos eventos culturais na economia cubana. A defesa surge em resposta às críticas direcionadas a Cuesta, que tem sido apresentada como especialista em Economia da Cultura, apesar de não ter uma trajetória significativa nesse campo.
O que Lis Cuesta afirmou sobre os eventos culturais em Cuba?
Lis Cuesta afirmou que os eventos culturais são uma fonte importante de receitas para a economia cubana e que "sim deixam lucros". No entanto, não apresentou números concretos nem explicou como esses recursos são geridos, o que gerou ceticismo e críticas devido à falta de transparência na administração desses rendimentos.
Qual é a relação de Arnaldo Rodríguez com o governo cubano?
Arnaldo Rodríguez é um conhecido defensor do regime castrista e tem apoiado a narrativa oficial do governo cubano. Recentemente, ele compôs uma canção que exalta a vida em Cuba sob o regime atual e tem participado de eventos organizados pelo governo, demonstrando uma relação próxima com a cúpula do poder na ilha.
Como tem sido recebida a intervenção de Lis Cuesta na mídia cubana?
A intervenção de Lis Cuesta na mídia tem sido criticada por sua falta de experiência e dados concretos sobre o impacto econômico da cultura em Cuba. Apesar de ser apresentada como especialista, Cuesta não ofereceu detalhes precisos nem números que sustentassem suas afirmações, o que gerou desconfiança na audiência e entre os críticos do regime.
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