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O escritor, ensaísta e professor Francisco López Sacha faleceu neste domingo em Havana, deixando uma marca notável na literatura e no pensamento cultural da Cuba "revolucionária", de acordo com o site oficialista Cubadebate.
Figura de destaque no panorama da narrativa "comprometida", seus apologistas ressaltaram sua "aguda visão crítica e seu magistério", apontando sua influência em gerações de escritores.
Nascido em Manzanillo em 1950, López Sacha dedicou-se à narrativa, ao ensaio e à crítica. Entre suas obras publicadas estão: Descobrimento do azul (1987), O aniversário do fogo (1986) e A divisão das águas (1987).
Licenciado em Letras e especialista em Teatrologia, foi professor da disciplina de Pensamento Teatral no Instituto Superior de Arte de Havana (ISA), e lecionou na especialidade de roteiro na Escola Internacional de Cinema e Televisão (EICTV) de San Antonio de los Baños.
Foi também presidente da Associação de Escritores da oficialista União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC), subdiretor do Taller de Formação Literária Onelio Jorge Cardoso e diretor da revista oficialista Letras Cubanas.
O escritor esteve entre os signatários da carta oficialista que em outubro de 2022 negou que o regime cubano reprimisse os dissidentes políticos e manifestantes pacíficos nas ruas, endossando assim a violação de direitos e liberdades imperante na ilha.
Em fevereiro de 2024, concedeu uma entrevista ao jornal oficial Granma na qual afirmou que escrevia "para que nasça um homem melhor" e declarou ter "a mesma esperança dos grandes líderes que fundaram este país, a mesma esperança de Céspedes ou Martí, de Agramonte ou Fidel".
No momento de redigir esta nota, desconhecem-se as causas do falecimento do escritor de 75 anos e as exéquias que estão sendo preparadas.
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