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A crise energética em Cuba se agravou nos últimos dias, com apagões que superam 20 horas diárias em várias províncias, afetando gravemente a vida cotidiana da população.
A falta de geração elétrica, o déficit de combustível e as constantes falhas nas termelétricas levaram a cortes prolongados em todos os territórios do país, onde os cidadãos passaram quase um dia inteiro sem eletricidade.
Em Holguín, a Empresa Elétrica informou que no dia 13 de fevereiro algumas áreas ficaram sem serviço por 24 horas contínuas, enquanto que a média de interrupção foi de 12 horas e 40 minutos.
Entre os circuitos mais afetados estiveram Nipe-Báguanos (19:48), Nicaro-Cabónico (18:12) e Canela-Pesquero 1 (18:07). Além disso, outros como Antilla 2, Caridad Iberia, Gibara 1 e 2, Cortadera, Antilla 1 e Banes-Nicaragua registraram cortes de mais de 13 horas. Na madrugada de 14 de fevereiro, o serviço não pôde ser restabelecido completamente.
Em Camagüey, as autoridades tomaram medidas para enfrentar a crise energética, priorizando o fornecimento elétrico em hospitais e serviços essenciais, enquanto que no restante da província o serviço só é garantido em média três horas por dia.
Diante da gravidade da situação, as aulas foram suspensas e os alunos de centros provinciais foram enviados para casa de forma escalonada. Também foi ordenado o fechamento de instituições estatais não essenciais para reduzir o consumo de energia.
O abastecimento de combustível para geradores de emergência está garantido em centros de saúde e serviços essenciais, disseram. No entanto, os postos de gasolina só operam com geradores em horários reduzidos: das 7:00 às 10:00 e das 14:00 às 17:00.
Em relação à alimentação, as autoridades confirmaram que a disponibilidade de farinha permitirá a distribuição de pão da cesta básica na sexta-feira na cidade de Camagüey e no sábado nos municípios. No entanto, a produção de pão liberada dependerá da disponibilidade de matéria-prima e de eletricidade.
En meio da crise, o bombeamento de água desde as represas Máximo, Cubano-Búlgara e Pontezuela foi parcialmente restabelecido na tarde do dia 13 de fevereiro, portanto, o fornecimento de água em Camagüey chegará de maneira gradual até o final de semana.
Em Matanzas, um usuário destacou que “após 22 horas de apagão, a luz voltou ao Naranjal... e eles tiraram e colocaram novamente”. Suas palavras motivaram os comentários de vários internautas que relataram estar vivendo a mesma situação.
“Estamos em apagão porque uma fase caiu na distribuição Armando Mestre, já estamos há 23 horas sem energia, ninguém aguenta isso”, “Aqui em Versalles tiraram e colocaram 4 vezes e agora às 11:17 colocaram de novo, mas estou certo de que é um ‘duérmete mi niño’”, “E aqui em Pueblo Nuevo estamos destacados, depois de 24 horas colocaram por 40 minutos e já tiraram de novo e não voltaram mais”, foram alguns dos comentários que puderam ser lidos na publicação.
Em Havana, a Empresa Elétrica informou que durante a madrugada do dia 14 de fevereiro uma maior disponibilidade de geração foi incorporada ao Sistema Electroenergético Nacional (SEN), o que sugere uma leve melhoria nos serviços. No entanto, os apagões continuarão a ocorrer de maneira escalonada:
Blocos #3 e #4: das 10:00 às 14:00
Bloque #1: das 14h às 18h
Bloque #2: das 18:00 às 22:00
As autoridades alertaram que, além dos cortes programados, podem ocorrer apagões inesperados em circuitos de emergência devido a falhas no SEN.
Perguntas Frequentes sobre a Crise Energética em Cuba
Qual é a principal causa das quedas de energia em Cuba?
A crise energética em Cuba é causada pela falta de geração elétrica, déficit de combustível e avarias nas termoelétricas. A infraestrutura obsoleta e a falta de investimento também contribuíram para essa grave situação.
Como os apagões estão afetando a vida cotidiana em Cuba?
Os apagões prolongados afetam significativamente a vida diária dos cubanos, interrompendo serviços essenciais como o fornecimento de água, a refrigeração de alimentos e o funcionamento de hospitais. Além disso, levaram à suspensão de aulas e ao fechamento de instituições estatais não essenciais.
Que medidas estão sendo tomadas para enfrentar a crise energética em Cuba?
As autoridades implementaram cortes programados e priorizaram o fornecimento de energia elétrica em serviços essenciais como hospitais. Também foi garantido o abastecimento de combustível para geradores de emergência em centros de saúde, embora essas medidas não tenham sido suficientes para resolver a crise.
Quais províncias de Cuba estão mais afetadas pelos apagões?
Províncias como Camagüey, Holguín e Matanzas foram severamente afetadas pelos apagões, com cortes de eletricidade que superam as 20 horas em algumas áreas. Esses apagões prolongados geraram um descontentamento crescente entre a população.
Qual é a resposta do governo cubano diante da crise energética?
O governo cubano tem tentado justificar a crise energética como resultado de restrições externas, no entanto, essa explicação não acalmou o descontentamento da população que exige soluções concretas e efetivas para enfrentar a situação.
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