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Uma canadense de 55 anos, residente em Trois-Rivières, província de Quebec, passou aproximadamente 48 horas em um hospital cubano sem conseguir se comunicar adequadamente com o pessoal médico e em condições que sua família descreve como "preocupantes", após sofrer um acidente em Holguín.
A turista, identificada como Sylvie Beauchesne, havia viajado sozinha para Cuba para desfrutar de alguns dias de descanso. No entanto, dois dias antes de seu retorno a Quebec, ela caiu ao perder o equilíbrio ao sair da piscina de seu hotel em Holguín, conforme detalhou a mídia canadense.
A queda lhe provocou uma fratura no quadril. Como resultado, ficou paralisada do lado direito.
A turista relatou à sua família que a ambulância demorou uma hora para chegar e o traslado ao hospital levou mais duas horas.
Uma vez admitida, ela se encontrava sem seus pertences, sem roupas e sem dinheiro, o que agravou ainda mais sua situação.
Desde que foi internada na sexta-feira, a comunicação com sua família tem sido complicada.
A família dele, desesperada, denunciou a falta de atendimento médico adequado e os obstáculos para sua repatriação ao Canadá.
Sua filha, Marika Sirois, expressou sua frustração através de uma publicação nas redes sociais onde denunciou a falta de informação e a dificuldade de sua mãe para entender o pessoal médico.
"Não entendia o que lhe diziam, o que torna tudo ainda mais difícil", escreveu.
Além disso, segundo sua filha, a atenção que recebeu foi insuficiente. Sylvie Beauchesne foi medicada várias vezes ao dia, sem que lhe informassem qual substância estava sendo administrada.
Em uma videochamada, Marika observou que sua mãe parecia inchada e desidratada, e denunciou que só lhe permitiam comer duas fatias de tomate por refeição.
Demoras na repatriação e falta de apoio da seguradora
Desde o início da crise, suas filhas, Marika Sirois e Roxane Beauchesne, tentaram sem sucesso acelerar sua repatriação para Quebec.
Segundo denunciado, a companhia de seguros não cooperou imediatamente e custou várias tentativas obter uma resposta clara.
Finalmente, neste domingo à tarde, a seguradora confirmou que o traslado de Sylvie para o Canadá seria organizado por meio de uma ambulância aérea.
No entanto, as autorizações necessárias para prosseguir com o traslado podem levar até 48 horas. Enquanto isso, a companhia recomendou aos médicos cubanos que evitassem operar o paciente na ilha e que aguardassem até a chegada em Quebec para a cirurgia.
Apesar da demora na repatriação, a situação de Sylvie Beauchesne começou a melhorar graças à ajuda de pessoas solidárias em Cuba.
Após a divulgação do seu caso nas redes sociais, vários cidadãos cubanos se dirigiram ao hospital para oferecer apoio. Um residente francófono a localizou e levou comida e água, já que a mulher estava há três dias sem se alimentar adequadamente.
Roxane Beauchesne expressou seu alívio diante da mobilização da comunidade: "As pessoas trouxeram cobertores, roupas e comida. Isso nos tranquiliza".
Regresso a casa após dias de incerteza
Finalmente, a repatriação de Sylvie Beauchesne foi confirmada para a tarde desta segunda-feira.
Sua saída estava programada para as 13h00 em um avião-ambulância com destino a Montreal, de onde seria transferida de ambulância para Trois-Rivières. Sua chegada à cidade estava prevista para as 22h00 do mesmo dia.
Apesar da solução, a família continua preocupada com o estado de saúde de Sylvie e com as complicações que podem surgir devido à longa espera para receber atendimento especializado.
"Tudo se poderá resolver quando chegarmos a Quebec com médicos que nos entendam," declarou sua filha Roxane.
Por outro lado, a família também continua a gerenciar a recuperação da bagagem de Sylvie, que ficou no hotel onde ela estava hospedada em Holguín. No momento de sua transferência para o hospital, ela estava apenas com o traje de banho que usava na piscina.
Não é o primeiro caso nos últimos anos em que um turista que sofre uma emergência médica em Cuba denuncia um tratamento inadequado.
Perguntas frequentes sobre a atenção médica a turistas em Cuba e a crise do sistema de saúde
Qual foi a experiência da turista canadense Sylvie Beauchesne ao receber atendimento médico em Cuba?
Sylvie Beauchesne enfrentou uma série de dificuldades após sofrer um acidente em Cuba. Foi hospitalizada devido a uma fratura no quadril e enfrentou problemas de comunicação com o pessoal médico, falta de informações sobre seu tratamento e condições precárias durante sua estadia no hospital.
Quais problemas específicos enfrentam os turistas em Cuba devido ao sistema de saúde?
Os turistas em Cuba enfrentam dificuldades para obter atendimento médico adequado devido à escassez de medicamentos, atrasos no traslado para hospitais e falta de recursos nos centros médicos. Além disso, a comunicação com o pessoal médico pode ser complicada, agravando a situação dos pacientes estrangeiros.
Como a crise do sistema de saúde cubano afeta o turismo?
A crise do sistema de saúde cubano afeta negativamente o turismo ao deteriorar a imagem de Cuba como um destino seguro. As denúncias de turistas prejudicados pela falta de atenção médica criam um obstáculo para atrair visitantes, colocando em risco um setor vital para a economia do país.
Como se resolveu a situação de Sylvie Beauchesne?
Finalmente, Sylvie Beauchesne foi repatriada para o Canadá em um avião ambulância, após receber ajuda de pessoas solidárias em Cuba. Sua família conseguiu organizar seu traslado apesar dos atrasos e da falta de cooperação inicial por parte da seguradora.
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