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A Central Termoelétrica (CTE) Antonio Guiteras de Matanzas se mantém estável e desde esta manhã fornece 250 megawatts (MW) ao Sistema Eletroenergético Nacional (SEN), após ter reduzido sua carga no domingo para realizar trabalhos de manutenção.
O diretor da UEB Produção da CTE, Jorge Gómez Chávez, explicou - em declarações recolhidas pelo Periódico Girón - que a redução da carga foi necessária devido à detecção de um furo na caldeira e a um ponto vermelho na zona lateral direita, sobre a área afetada pela última avaria.
"Os metais ficam incandescentes devido à incidência de calor extremo, o que neste caso se deveu a um vazamento de gases muito quentes", detalhou o executivo.
Para solucionar o problema, foi realizada uma reparação externa, o que obrigou a reduzir a carga para 120 MW a fim de diminuir a intensidade da chama e permitir o acesso à área afetada.
Na área intervencionada, foram colocadas chapas em forma de caixa e aplicado cimento refratário para selar a fuga e evitar novas avarias.
Após a conclusão do reparo, a CTE aumentou gradualmente sua geração, operando durante toda a noite a 220 MW sem apresentar novos inconvenientes.
Finalmente, na manhã de hoje, atingiu 250 MW, consolidando sua estabilidade no sistema.
No entanto, por enquanto, o retorno da termelétrica Guiteras ao SEN ainda não se tornou muito evidente para os cidadãos.
Em sua previsão diária de apagões, a União Eléctrica (UNE) reportou para esta segunda-feira interrupções na ordem de 1.525 MW no horário noturno, cifra superior aos 1.362 MW de afetamentos registrados neste domingo.
A saída da termoelétrica Antonio Guiteras do Sistema Elétrico Nacional pouco depois das sete da noite de segunda-feira - apenas 24 horas após ter retornado ao SEN após outra avaria - foi o estopim de uma crise que já se desenhava com as constantes falhas e a falta de combustível.
É importante ter em mente que se trata da usina termoelétrica mais grande e importante do país. Sua desconexão do Sistema em outubro e dezembro de 2024 provocou enormes apagões que mergulharam o povo cubano na escuridão total.
Após várias tentativas frustradas, a Guiteras finalmente sincronizou o SEN neste sábado, mas logo voltou a ter problemas, como descreveu o Periódico Girón.
A crise energética gerou um crescente descontentamento na população, que denuncia a falta de estabilidade no fornecimento de energia elétrica e o impacto na vida cotidiana.
Perguntas frequentes sobre a termoelétrica Antonio Guiteras e a crise energética em Cuba
Qual é o estado atual da termoelétrica Antonio Guiteras?
A termoelétrica Antonio Guiteras está operando e está contribuindo com 250 MW para o Sistema Eletroenergético Nacional (SEN) após ter concluído trabalhos de manutenção. No entanto, seu funcionamento é instável devido a falhas recorrentes e problemas estruturais.
Por que ocorrem apagões em Cuba, apesar da atividade da Guiteras?
Os apagões em Cuba persistem devido à instabilidade da Guiteras, que enfrenta falhas contínuas, e à falta de capacidade de outras usinas para cobrir o déficit energético. A falta de combustível e o estado obsoleto do sistema elétrico nacional também contribuem para essa situação.
Como a situação da termoelétrica Guiteras afeta a população cubana?
A instabilidade da termelétrica Guiteras provoca apagões prolongados que afetam negativamente a vida cotidiana dos cubanos. A falta de um fornecimento elétrico confiável gera descontentamento entre a população, que precisa enfrentar interrupções constantes no serviço.
Quais são as causas das frequentes avarias na Guiteras?
As frequentes avarias na Guiteras devem-se a problemas estruturais em sua caldeira, como vazamentos e falhas mecânicas recorrentes. Além disso, o desgaste de seus equipamentos e a falta de peças de reposição agravam a situação, refletindo a obsolescência do sistema elétrico nacional.
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