Milei segue os passos de Trump e retira a Argentina da OMS

Segundo o governo argentino, a saída da OMS não afeta a qualidade dos serviços de saúde do país.


O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), argumentando "diferenças profundas" com a gestão sanitária do organismo durante a pandemia de COVID-19.

Esta decisão segue o precedente estabelecido por o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que em 2020 iniciou um processo semelhante para retirar seu país da OMS e agora, em seu segundo mandato iniciado em 20 de janeiro (2025-2029), informou sobre a saída de seu país da organização.

O porta-voz presidencial da Argentina, Manuel Adorni, explicou que a medida se baseia em discrepâncias sobre as diretrizes da OMS durante a pandemia, que levaram a "a quarentena mais longa da história da humanidade" na Argentina.

Adorni acrescentou que o país não permitirá que um organismo internacional intervenha em sua soberania, especialmente em questões de saúde.

De acordo com um relatório da CNN, Milei tem sido um crítico constante das políticas de confinamento implementadas durante a pandemia, argumentando que perjudicaram a economia e foram usadas como mecanismos de "repressão".

Em uma publicação na rede social X, o presidente afirmou: "Nunca nos esqueceremos que foram os ideólogos da quarentena cavernícola que implicou... um dos delitos de lesa humanidade mais estrambóticos da história".

Segundo o governo argentino, a saída da OMS não afeta a qualidade dos serviços de saúde do país, já que a Argentina não recebe financiamento da organização para a gestão sanitária.

Por outro lado, Adorni destacou que a medida concederá ao país "mais flexibilidade para implementar políticas adaptadas ao contexto e interesses que a Argentina requer".

A retirada da Argentina da OMS se junta a outras decisões controversas do governo de Milei, como a proibição de tratamentos de mudança de gênero para menores e a limitação da presença de mulheres trans em prisões femininas.

Estas ações refletem uma postura conservadora em assuntos sociais e uma tendência a se distanciar de organismos internacionais, assim como está fazendo Donald Trump com os Estados Unidos.

Recentemente, o mandatário estadunidense anunciou a retirada do país do Conselho de Direitos Humanos da ONU e o congelamento de fundos destinados à Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA).

A Casa Branca argumenta que o Conselho de Direitos Humanos permitiu que países como Irã, China e Cuba o utilizem para se protegerem, apesar de suas graves violações e abusos dos direitos humanos.

Além disso, foi instruído ao secretário de Estado a rever outras organizações internacionais que promovem sentimentos antiamericanos ou radicais, mencionando especificamente a UNESCO.

Perguntas frequentes sobre a retirada da Argentina da OMS

Por que a Argentina decidiu se retirar da OMS?

A Argentina decidiu se retirar da OMS devido a "profundas diferenças" com a organização na gestão de saúde durante a pandemia de COVID-19. O presidente Javier Milei criticou as diretrizes da OMS, especialmente aquelas relacionadas aos confinamentos, os quais ele considera prejudiciais à economia e utilizados como mecanismos de "repressão".

Como essa decisão afeta a qualidade dos serviços de saúde na Argentina?

De acordo com o governo argentino, a saída da OMS não afeta a qualidade dos serviços de saúde do país, uma vez que a Argentina não recebe financiamento da organização para a gestão sanitária. Em contrapartida, o porta-voz Manuel Adorni garante que a medida permitirá ao país ter mais flexibilidade para implementar políticas adaptadas às suas necessidades.

Quais outras medidas controversas o governo de Javier Milei tomou?

Além da retirada da OMS, o governo de Milei tomou decisões como a proibição de tratamentos de mudança de gênero para menores e a limitação da presença de mulheres trans em prisões femininas. Essas ações refletem uma postura conservadora em questões sociais e um distanciamento de organismos internacionais.

Como se compara a decisão da Argentina com a dos Estados Unidos em relação à OMS?

A decisão da Argentina segue o precedente estabelecido por Donald Trump, que também retirou os Estados Unidos da OMS durante seu primeiro mandato. Ambos os líderes compartilham críticas à gestão da pandemia pela OMS e expressaram seu descontentamento com o controle de organismos internacionais sobre as políticas nacionais.

Qual é a postura de Javier Milei em relação à ONU e outros organismos internacionais?

Javier Milei adotou uma postura crítica em relação à ONU, acusando o organismo de incluir "ditaduras sangrentas" como Cuba e Venezuela em seu Conselho de Direitos Humanos. Milei se distanciou das políticas promovidas pela ONU e manifestou seu rejeito ao que considera agendas socialistas, buscando fortalecer uma agenda de liberdade para a Argentina.

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