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O líder opositor e autoproclamado presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, iniciou nesta sexta-feira uma turnê pela América Latina para consolidar apoio na região antes de sua esperada cerimônia de posse, marcada para o dia 10 de janeiro, na qual enfrentará o atual mandatário Nicolás Maduro.
A turnê começou em Buenos Aires, onde González se reuniu com o presidente argentino Javier Milei.
Em seu encontro, o mandatário argentino, conhecido por sua postura crítica em relação a Maduro, expressou seu apoio a González, a quem considera o legítimo vencedor das eleições de julho passado, nas quais, segundo a oposição, ele superou amplamente o ditador chavista.
González continuará nesta sexta-feira sua turnê em direção ao Uruguai, onde se encontrará com o presidente Luis Lacalle Pou e o ministro das Relações Exteriores, Omar Paganini.
“Queridos venezuelanos no Uruguai, agora é a vez de vocês. Acompanhem-no na rua 19 de abril com Joaquín Suárez. Até o fim!”, expressou em suas redes a líder oposicionista María Corina Machado, fazendo um apelo para que o exílio se una na luta pela democracia na Venezuela.
González também planeja visitar o Panamá e a República Dominicana nos próximos dias. O presidente eleito será recebido no Panamá por autoridades locais, enquanto em Santo Domingo, aguarda-se seu encontro com altos funcionários dominicanos no dia 9 de janeiro.
González, de 75 anos, fugiu para a Espanha em setembro após ser ameaçado de prisão pelo governo de Maduro, mas expressou sua intenção de retornar a Venezuela para assumir a presidência no próximo dia 10 de janeiro.
O governo venezuelano, por sua vez, ofereceu uma recompensa de 100.000 dólares por informações que levem à sua captura.
O líder opositor se apresentou como o verdadeiro vencedor das eleições de julho, desqualificando os resultados oficiais que concederam a vitória a Maduro, a quem acusam de fraude.
Após as protestas nas ruas da Venezuela em razão do resultado eleitoral, que resultaram em confrontos com a polícia, 28 pessoas foram mortas, 200 ficaram feridas e mais de 2.400 foram presas.
Na sexta-feira, Corina Machado convocou os venezuelanos a se mobilizarem no dia anterior à posse, para apoiar o que ela chama de legítima vontade popular expressa nas urnas.
A nível internacional, González recebeu reconhecimento de países como os Estados Unidos, que o consideram presidente eleito da Venezuela. A Argentina, que não reconhece a reeleição de Maduro, é um dos aliados mais importantes de González nessa luta.
Por sua vez, Maduro continua a receber apoio de poucos aliados internacionais, sendo a Rússia um dos poucos países que reconheceram sua vitória nas eleições de julho. Apesar das críticas e das sanções internacionais, Maduro continua a exercer o poder na Venezuela.
Perguntas frequentes sobre a situação política na Venezuela e a turnê de Edmundo González
Quem é Edmundo González e por que ele é relevante na política venezuelana?
Edmundo González é um líder opositor venezuelano que se autoproclamou presidente eleito da Venezuela após as eleições de julho de 2024, nas quais acusa o regime de Nicolás Maduro de fraude eleitoral. Sua relevância está na grande quantidade de países que o reconhecem como presidente legítimo, o que aumenta a pressão internacional sobre o regime atual.
Qual é o propósito da turnê de Edmundo González pela América Latina?
O propósito da viagem de Edmundo González é consolidar apoio na América Latina antes de sua posse como presidente da Venezuela no dia 10 de janeiro. Durante a viagem, ele busca fortalecer relações com líderes da região que apoiam sua liderança e a transição democrática na Venezuela.
Quais países reconheceram Edmundo González como presidente eleito da Venezuela?
Países como os Estados Unidos, Argentina e outras nações latino-americanas reconheceram Edmundo González como presidente eleito da Venezuela. O reconhecimento internacional é fundamental para fortalecer sua posição e aumentar a pressão sobre o regime de Maduro.
Qual é o papel de María Corina Machado na situação atual da Venezuela?
María Corina Machado é uma figura central da oposição venezuelana, que apoia e mobiliza os cidadãos para respaldar Edmundo González e a luta pela democracia na Venezuela. Ela tem sido uma voz ativa na denúncia das violações dos direitos humanos e na convocação de mobilizações contra o regime de Maduro.
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