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Plataformas independentes cubanas confirmaram nesta terça-feira outros dois feminicídios registrados em Cuba desde o início do ano, enquanto nas últimas horas foram reportados mais dois assassinatos de mulheres.
Em um comunicado publicado em suas redes sociais, os observatórios YoSíTeCreo em Cuba (YSTCC) e da revista Alas Tensas (OGAT) informaram que foram três os crimes machistas verificados no decorrer de 2024, após a confirmação dos feminicídios das jovens mães Alianna Laborde Díaz, em Holguín, e Yaritza Chávez, em Ciego de Ávila, que tinham sido denunciados por familiares e amigos das vítimas.
Chávez faleceu no dia 28 de janeiro em sua casa, no bairro Lugones, em Maidique, devido a um disparo de arma de fogo desferido por sua ex-parceira e pai de sua filha mais nova.
O comunicado alertou sobre “o uso de uma arma de fogo industrial por parte de um civil” e advertiu que tal circunstância “demonstra mudanças alarmantes em um país onde apenas são permitidas armas de fogo para policiais e militares”.
“Esperamos que as autoridades expliquem como o agressor obteve o revólver”, sublinharam YSTCC e OGAT.
A Chávez a sobrevivem duas filhas menores de idade.
Na véspera, as redes sociais relataram outro feminicídio, o de Laborde, de 32 anos, que morreu em decorrência dos ferimentos que sua ex-parceira lhe causou com uma arma branca.
Na madrugada do dia 3 de fevereiro, o agressor atacou a jovem em seu local de trabalho, um posto de gasolina Cupet na cidade de Holguín, e posteriormente faleceu em um acidente ao fugir em uma motocicleta.
O homem, identificado nas redes pelo nome de Rafael Velázquez, “tinha antecedentes de violência machista”, afirmaram as plataformas. A ativista Yamilka Laffita declarou em uma publicação nesta segunda-feira que “ele havia cumprido pena recentemente por ameaças à sua ex-esposa”.
YSTCC e OGAT desejam “rápida recuperação” a um colega de trabalho da Laborde, que está internado com ferimentos que sofreu ao tentar defendê-la.
A jovem vítima deixou um filho de 12 anos.
Outros dois crimes de violência machista foram registrados nas últimas horas em Cuba, embora ainda não tenham sido incluídos no sub-registro que as organizações independentes mantêm.
Según reportes em redes sociais, as autoridades estão à procura de um homem acusado de ter matado uma jovem, identificada como Verónica e mãe de duas meninas, no município de Colón, em Matanzas. O agressor, que segundo fontes próximas havia sido parceiro da vítima, disparou contra ela e, em seguida, a esfaqueou várias vezes.
Desde a véspera, outro trágico acontecimento comoveu e acendeu os alarmes no município de Vertientes, em Camagüey: a morte de Cristina Guerra, de 54 anos, após receber vários disparos de um desconhecido que, segundo testemunhas, entrou em sua residência encapuzado. A mulher foi levada de urgência a um hospital, onde foi declarada morta pouco depois, de acordo com relatos nas redes sociais.
As plataformas independentes cubanas não se pronunciaram sobre esses últimos casos, embora tenham informado que estão investigando dois alertas de feminicídio em Artemisa e outro em Matanzas.
O governo cubano anunciou recentemente a habilitação de uma linha telefônica em 40 municípios do país com o objetivo de oferecer atendimento imediato a vítimas de violência de gênero, coletar dados e gerar estatísticas sobre o problema, assim como capacitar profissionais na área.
Em 2024, diante da crescente preocupação social, o regime criou um sistema nacional de registro, atendimento, acompanhamento e monitoramento da violência de gênero.
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