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A Secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Kristi Noem, defendeu neste domingo a política migratória da administração Trump, enfatizando a necessidade de medidas severas para garantir a segurança nacional.
Estas declarações ocorrem após o anúncio do presidente Donald Trump sobre a expansão da base naval de Guantánamo, em Cuba, para abrigar até 30.000 imigrantes indocumentados considerados perigosos.
Um contingente de fuzileiros navais americanos chegou recentemente a Guantânamo para apoiar a expansão do Centro de Operações Migratórias.
Segundo um comunicado da Casa Branca, esta ação faz parte da missão do presidente Trump de proteger os americanos e garantir a segurança da nação.
"O presidente disse que lá se encontrarão os piores dos piores, que vamos perseguir esses maus atores. Na semana passada estive na cidade de Nova York. Íamos perseguir pessoas que tinham ordens de prisão por homicídios e violações, assaltos, compra de armas e tráfico de drogas", afirmou Noem em uma entrevista no programa "Meet the Press" da NBC.
No entanto, a funcionária evitou responder diretamente se as instalações serão utilizadas apenas para pessoas perigosas e não para mulheres e crianças
"Vamos a usar as instalações que temos", afirmou. "Temos outros centros de detenção no país e utilizaremos o que for apropriado para cada indivíduo".
Além disso, detalhou a estratégia proposta pelo mandatário americano, "se observarmos o que estamos fazendo hoje, estamos mirando no pior dos piores, fomos muito claros nisso. A prioridade do presidente é perseguir os criminosos estrangeiros que estão tornando nossas ruas mais perigosas."
Na entrevista, Noem acrescentou sobre o plano da administração atual. "Depois disso, temos ordens finais de deportação para muitas pessoas neste país, elas são a próxima prioridade, e continuaremos trabalhando com as pessoas que estão infringindo a lei, que representam um risco para estas comunidades, e utilizaremos os centros de detenção que estabelecemos para facilitar isso de maneira ordenada", destacou.
Segundo o presidente Trump, a prisão na base naval de Guantánamo será destinada a deter "os piores criminosos estrangeiros ilegais que ameaçam o povo americano".
O senador democrata Mark Kelly qualificou a decisão de expandir a detenção de migrantes em Guantánamo como "alarmante".
O Departamento de Defesa indicou que o deslocamento de fuzileiros navais e a expansão das instalações em Guantánamo fazem parte de uma estratégia de "segurança e dissuasão", descartando que se trate de uma operação ofensiva ou de detenção em massa de migrantes.
Noem assegurou que a administração atuará dentro dos limites legais e que não se pretende manter as pessoas detidas indefinidamente.
Perguntas frequentes sobre a política migratória dos EUA e a expansão de Guantánamo
Por que os EUA estão expandindo a base de Guantánamo para abrigar migrantes?
A administração Trump está expandindo a base de Guantánamo para utilizá-la como centro de detenção de até 30.000 migrantes considerados perigosos. Este movimento busca aliviar a pressão sobre os centros de detenção em território americano e focar os recursos na detenção de imigrantes acusados de crimes.
Quem será enviado para Guantánamo sob esta nova política migratória?
Segundo as declarações da Secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, os migrantes considerados como "os piores criminosos estrangeiros ilegais" serão aqueles que serão enviados para Guantánamo. Isso inclui pessoas com mandados de prisão por crimes graves como assassinatos, estupros, tráfico de drogas e outros delitos.
Como o governo cubano tem reagido à expansão de Guantánamo?
O governo cubano condenou a decisão, qualificando-a como "brutalidade". De acordo com o comunicado do regime cubano, a base de Guantánamo é um "território de Cuba ilegalmente ocupado", e seu uso como centro de detenção massivo demonstra um desprezo pelo direito internacional e pelos direitos humanos.
Quais medidas a administração Trump está tomando para reforçar a segurança da fronteira?
A administração Trump está implementando medidas rigorosas como a reativação do Título 42, a eliminação da aplicação CBP One e a expansão da base de Guantánamo. Essas ações visam reforçar o controle da imigração ilegal e priorizar a deportação de imigrantes com antecedentes criminais.
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