Regressamos: Assim está o Supermercado em dólares da 3ra com 70 um mês depois

O supermercado em dólares da 3ra y 70 em Havana continua abastecido, mas inacessível para a maioria, evidenciando a desigualdade econômica. A dolarização complica a crise diária em Cuba.


O supermercado em dólares da 3ra y 70, inaugurado há quase um mês em Havana, continua bastante abastecido, embora com algumas prateleiras vazias e preços inacessíveis para a maioria dos cubanos.

Um vídeo gravado por CiberCuba nesta segunda-feira mostra prateleiras cheias de produtos nacionais e importados, uma imagem que contrasta com a falta de abastecimento nos mercados em pesos cubanos e MLC.

O estabelecimento, voltado principalmente para aqueles que recebem remessas do exterior ou para estrangeiros residentes em Cuba, gerou uma onda de críticas por vender em uma moeda à qual a maioria dos cubanos não tem acesso.

“É humilhante como denigra-se um povo que está na miséria”, comenta um usuário, apontando o abismo econômico que separa aqueles que podem comprar em dólares de quem depende dos insuficientes produtos racionados.

A recente abertura desta loja e o anúncio de mais setores dolarizados, como a venda de automóveis, tiveram um impacto no mercado informal de divisas. Após uma queda do dólar em dezembro, quando chegou a ser cotado abaixo de 300 pesos, os preços dispararam novamente, dificultando ainda mais o acesso à moeda estrangeira para o cubano médio.

“El supermercado é uma falta de respeito. Em um país onde ninguém recebe salário em dólares, é um desrespeito que só beneficia o Governo”, expressou outro internauta, ecoando o sentimento generalizado.

Os preços são superiores aos dos mercados internacionais e são impossíveis de arcar para aqueles que não recebem ajuda do exterior.

Enquanto as críticas aumentam, o supermercado de 3ra y 70 se tornou um símbolo da desigualdade econômica e social em Cuba, onde a dolarização agrava a crise cotidiana do cubano comum.

Perguntas frequentes sobre o supermercado em dólares da 3ª e 70 em Havana

Por que o supermercado da 3ra e 70 em Havana só aceita dólares?

El supermercado de 3ra y 70 en La Habana aceita apenas dólares porque faz parte de uma estratégia do governo cubano para captar divisas estrangeiras em meio à crise econômica. Esta política exclui a maioria dos cubanos, que recebem seus salários em pesos cubanos e não têm acesso fácil à moeda americana.

Qual é o impacto social da abertura do supermercado em dólares?

A abertura do supermercado em dólares gerou um grande descontentamento social, já que agrava as desigualdades econômicas em Cuba. A maioria da população não pode acessar esses produtos devido à falta de dólares, o que intensificou as críticas ao governo e gerou tensões sociais crescentes.

Como a dolarização afeta a economia cubana?

A dolarização de certos setores em Cuba afeta a economia ao criar um mercado paralelo que beneficia apenas aqueles com acesso a divisas. Isso provocou um aumento nas taxas de câmbio do dólar no mercado informal, corroendo o poder aquisitivo das remessas e gerando mais desigualdade entre os cubanos.

Que tipo de produtos são vendidos no supermercado da 3ra e 70?

No entanto, os preços são elevados e superam o salário médio em pesos cubanos, o que limita sua acessibilidade para a maioria da população.

Quais reações a abertura do supermercado gerou na comunidade cubana?

A abertura do supermercado em dólares provocou indignação na comunidade cubana, tanto dentro quanto fora da ilha, devido à exclusão econômica que representa. O estabelecimento gerou críticas nas redes sociais e entre figuras públicas, que denunciam a prática como um reflexo das crescentes desigualdades em Cuba.

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Equipe Editorial da CiberCuba

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