Aliança alarmante Maduro-Irã: O avanço dos drones militares que preocupa os Estados Unidos

Venezuela, junto ao Irã, reforça sua capacidade militar com fábricas de drones bélicos. Essa aliança desencadeia preocupações internacionais, alertando sobre possíveis tensões e riscos na região.

Dron iraniano Shahed 136Foto © Wikimedia

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O regime de Nicolás Maduro decidiu avançar na fabricação de drones bélicos na Venezuela, uma iniciativa que gerou preocupação no cenário internacional devido às suas implicações para a segurança regional. Em colaboração com o Irã, o governo venezuelano estabeleceu fábricas para a produção desses veículos aéreos não tripulados, utilizados como ferramentas militares versáteis e potencialmente letais.

Segundo um relatório de inteligência ao qual o Infobae teve acesso, a empresa aérea Conviasa tem estado envolvida no transporte de drones e seus componentes, como a estação móvel de controle e o equipamento necessário para o funcionamento dessas aeronaves. Esses desenvolvimentos fazem parte de um esforço para fortalecer o aparato repressivo interno do regime venezuelano, bem como sua capacidade de projeção militar na região.

O senador americano Marco Rubio expressou sua preocupação com a crescente influência de Irã e outros atores internacionais em Venezuela. Durante sua audiência de confirmação como secretário de Estado, ele declarou que o regime de Maduro é semelhante a uma organização narcotraficante que controla o Estado venezuelano. Rubio alertou que a construção de fábricas de drones pelo Irã representa um risco direto para a segurança hemisférica.

Os drones desenvolvidos na Venezuela, com tecnologia e assistência iraniana, refletem um fortalecimento das alianças estratégicas do regime com países como Rússia, China e Irã. Foi destacado que essas aeronaves, como o sistema Mohajer-2, conhecido localmente como ANSU-100, estão sendo modernizadas e equipadas com armamento sofisticado na base aérea El Libertador, em Aragua.

Este projeto de drones não é novo. Em 2009, a Venezuela assinou um acordo com o Irã para a produção de UAVs, que foram montados pela Companhia Anônima Venezuelana de Indústrias Militares (CAVIM). Apesar dos problemas econômicos e das sanções internacionais, o regime tem persistido em seu esforço para desenvolver essa tecnologia, chegando a mostrar um dos modelos publicamente em 2012. No entanto, o projeto inicial enfrentou contratempos devido a problemas de financiamento e manutenção, o que resultou em uma paralisação temporária.

A recente reativação da produção de drones na Venezuela ocorre sob a supervisão da Empresa Aeronáutica Nacional (EANSA). Maduro tem promovido a produção desses veículos como uma ferramenta multiuso, embora o foco principal tenha sido o uso militar. Essas ações fazem parte de uma estratégia do regime para se manter no poder por meio da repressão e do controle militar, em um ambiente de crescente tensão interna e isolamento internacional.

A colaboração com o Irã é especialmente preocupante, pois os drones se tornaram uma peça-chave na estratégia militar e terrorista do governo iraniano. Essa cooperação fortaleceria a capacidade da Venezuela de realizar operações militares e repressivas, aumentando a instabilidade na região.

Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, denunciou a presença de mercenários do grupo russo Wagner na Venezuela, que estariam colaborando com as forças de Maduro para reprimir os protestos populares. Zelenski condenou essa intervenção, sublinhando que o grupo Wagner, conhecido por causar desestabilização, representa uma ingerência direta da Rússia nos assuntos venezuelanos, repetindo um padrão de caos e morte. Essa informação é relevante no contexto das acusações sobre o grupo Wagner e seu impacto na Venezuela.

A situação na Venezuela continua a deteriorar-se, com milhões de pessoas abandonando o país devido à crise econômica e política. A comunidade internacional observa atentamente os movimentos do regime de Maduro, especialmente com as novas dinâmicas de poder que incluem atores externos como Irã e Rússia. A produção de drones pode se tornar um fator desestabilizador, não apenas para a Venezuela, mas para todo o continente.

Perguntas Frequentes sobre a Aliança Maduro-Irã e a Produção de Drones na Venezuela

Por que a aliança entre o regime de Maduro e o Irã na produção de drones preocupa?

A aliança entre o regime de Maduro e o Irã para a produção de drones bélicos na Venezuela preocupa a comunidade internacional devido às suas implicações para a segurança regional. A colaboração com o Irã, um país que tem utilizado drones em estratégias militares e terroristas, poderia aumentar a capacidade da Venezuela de realizar operações militares e repressivas, desestabilizando ainda mais a região.

Qual é o papel da Conviasa no desenvolvimento de drones na Venezuela?

A companhia aérea Conviasa tem estado envolvida no transporte de drones e seus componentes, como a estação móvel de controle e o equipamento necessário para o funcionamento dessas aeronaves, facilitando assim a produção de drones em colaboração com o Irã.

Quais são as implicações políticas da produção de drones na Venezuela?

A produção de drones na Venezuela, apoiada pelo Irã, representa um fortalecimento das alianças estratégicas do regime chavista com países como Rússia, China e Irã. Isso não apenas amplia seu aparato repressivo interno, mas também reforça sua capacidade de projeção militar na região, o que poderia aumentar a instabilidade no continente e a repressão interna.

Como a comunidade internacional tem respondido à aliança Venezuela-Irã?

A comunidade internacional, especialmente figuras como o senador americano Marco Rubio, expressou sua preocupação com a crescente influência do Irã na Venezuela. Rubio destacou que a criação de fábricas de drones representa um risco direto para a segurança hemisférica, instando a revisar as estratégias atuais e fortalecer as medidas contra o regime de Maduro.

Quais modelos de drones está desenvolvendo a Venezuela com a ajuda do Irã?

Venezuela está desenvolvendo drones com tecnologia iraniana, como o sistema Mohajer-2, conhecido localmente como ANSU-100. Esses drones estão sendo modernizados e equipados com armamento sofisticado na base aérea El Libertador em Aragua, refletindo o compromisso do regime de Maduro com o desenvolvimento de capacidades militares avançadas.

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Luis Flores

CEO e cofundador do CiberCuba.com. Quando tenho tempo, escrevo artigos de opinião sobre a realidade cubana vista da perspectiva de um emigrante.