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A administração do presidente eleito Donald Trump está planejando realizar uma série de ações drásticas em matéria de imigração, centrando seu primeiro dia de mandato em uma grande operação de prisões e deportações de imigrantes em situação irregular nos Estados Unidos.
Segundo relatos da mídia americana, Trump e sua equipe identificaram cidades-chave como Chicago para iniciar as prisões, especialmente de imigrantes com antecedentes criminais. Essa medida faz parte de um plano mais amplo que inclui reativar o Título 42, uma política que permitiu a rápida expulsão de migrantes durante a pandemia de COVID-19.
Em paralelo, o governador da Flórida, Ron DeSantis, anunciou um plano estatal para abordar a imigração ilegal em sintonia com as políticas federais previstas.
O plano de DeSantis prevê uma maior colaboração entre as autoridades locais e federais para aplicar as leis de imigração, e incluem medidas como conceder poderes às autoridades locais para deter e deportar imigrantes indocumentados. Esta iniciativa também prevê penalizações estaduais para a imigração irregular.
Por outro lado, Kristi Noem, que foi nomeada como Secretária de Segurança Nacional, anunciou sua intenção de encerrar o aplicativo CBP One, que foi utilizado para gerenciar agendamentos e trâmites migratórios. Este anúncio faz parte de uma abordagem mais ampla que também busca reinstaurar o programa "Permanecer no México" e revisar outras políticas consideradas flexíveis em segurança nas fronteiras.
Tom Homan, que será o novo "czar da fronteira" da administração Trump, destacou que esta operação não estará limitada a Chicago, pois as ações serão realizadas em várias cidades através dos 24 escritórios de campo do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE).
Estas ações geraram alertas em cidades santuário, que têm se mostrado relutantes em colaborar com as autoridades federais em questões de deportações. Apesar disso, alguns governantes, como o prefeito de Nova Iorque, Eric Adams, começaram a dialogar sobre a remoção de imigrantes condenados por crimes violentos.
Acorde ao anúncio de Homan, Chicago será o ponto de início para as deportações em massa de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos. Este plano, que busca reforçar a segurança nas fronteiras, focará em indivíduos com ordens de deportação e antecedentes criminais.
Durante um evento na referida cidade, Homan instou o prefeito Brandon Johnson e o governador de Illinois a colaborar com as autoridades federais, alertando que enfrentará consequências legais se houver obstruções. Além disso, destacou que as ações começarão no dia 21 de janeiro, com um forte despliegue de agentes da ICE na cidade.
A estratégia migratória de Homan também implica a deportação de solicitantes de asilo cujo status foi negado, e tem sido criticada pelo seu possível impacto nos direitos humanos.
A pesar de reconhecer que não desejam separar famílias, Homan enfatizou que as leis migratórias em vigor serão cumpridas. Esta designação de Chicago como centro das operações é um desafio direto às políticas de "cidade santuário" de Illinois, que limitam a cooperação com agências federais. A política pode gerar tensões entre autoridades locais e federais, especialmente entre democratas e republicanos.
Em entrevistas recentes, como a emitida pela CNN, Homan reiterou que as deportações em massa começarão desde o primeiro dia da nova administração, enfrentando desafios logísticos e políticos consideráveis.
Um dos maiores obstáculos é a falta de infraestrutura para abrigar os imigrantes detidos, pois seriam necessárias pelo menos 100.000 camas diárias, muito mais do que a atual capacidade do ICE.
Esta falta de infraestrutura é um tema chave discutido nas entrevistas e representa um impedimento significativo para a implementação do plano. A aprovação dos fundos necessários dependerá do Congresso, o que adiciona incerteza ao projeto. Homan destacou a importância de negociar apoios bipartidários, dada a distribuição de poder em ambas as câmaras.
Além dos desafios logísticos, o plano enfrenta críticas éticas e legais, especialmente em relação à deportação de pais indocumentados com filhos cidadãos americanos. Esse aspecto gerou preocupações entre grupos de direitos humanos pelo efeito desestabilizador que poderia ter nas famílias.
Também há controvérsia em torno do uso da Guarda Nacional nessas operações, que tem sido vista como uma possível militarização da gestão migratória. As cidades santuário e sua relutância em colaborar com o governo federal representam outro desafio importante, forçando as autoridades migratórias a realizar operações mais agressivas em áreas urbanas, conforme detalhado em The Gas Stove. Essas operações poderiam aumentar as tensões com as comunidades locais e enfrentar críticas públicas.
Essas políticas migratórias da administração Trump não buscam apenas uma aplicação interna mais rigorosa, mas também implicam uma mudança significativa nas relações internacionais, especialmente com o México e outros países da América Latina.
Embora esses planos tenham gerado controvérsia, enfrentando críticas por seu potencial impacto humanitário e por dúvidas sobre sua sustentabilidade legal a longo prazo, para Trump e seus aliados, representam esforços necessários para proteger o que consideram a soberania e a segurança dos Estados Unidos.
Perguntas frequentes sobre as deportações em massa nos EUA durante a administração de Trump
Onde começarão as deportações em massa anunciadas pela administração de Trump?
As deportações em massa começarão em Chicago, designada por Tom Homan, o "zar da fronteira" de Trump, como a "zona zero" para essas ações. Este plano se concentrará em pessoas com ordens de deportação pendentes e antecedentes criminais.
Quais medidas migratórias Trump planeja implementar desde seu primeiro dia de mandato?
Trump planeja prisões em massa de imigrantes indocumentados e reativar o Título 42 para permitir a rápida expulsão de migrantes. Além disso, está previsto o fechamento do aplicativo CBP One e a reinstauração do programa "Permanecer no México".
Quais desafios Chicago enfrenta em relação às deportações em massa?
Chicago enfrenta um desafio direto às suas políticas de "cidade santuário", que limitam a cooperação com agências federais em questões migratórias. A implementação dessas medidas pode gerar tensões entre as autoridades locais e federais.
Qual é o impacto esperado do fechamento do aplicativo CBP One?
O fechamento do CBP One pode dificultar a gestão de agendamentos e trâmites migratórios, afetando os imigrantes que buscam asilo ou trâmites legais nos EUA. Este aplicativo permitia o agendamento de consultas a partir de diferentes regiões, incluindo o sul do México.
Qual é o papel de Tom Homan no plano de deportações em massa de Trump?
Tom Homan foi designado como o "zar da fronteira" e supervisionará a implementação do plano. Seu foco estará em reforçar a segurança da fronteira e coordenar as ações necessárias para realizar a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos.
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