Trump nomeia três destacados atores como "enviados especiais para o altamente conturbado" Hollywood

Os três atores selecionados são grandes nomes da indústria cinematográfica e representantes de uma postura política conservadora que os colocou no centro do debate.

Donald Trump (Imagem de referência)Foto © Flickr/Gage Skidmore

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a nomeação de Sylvester Stallone, Mel Gibson e Jon Voight como "embaixadores especiais" para abordar os problemas que, segundo ele, Hollywood enfrenta.

Em uma publicação em sua plataforma Truth Social, Trump afirmou que os três atores ajudarão a indústria do entretenimento, que nos últimos anos perdeu relevância e negócios internacionais, a recuperar seu esplendor.

"É uma honra para mim anunciar que Jon Voight, Mel Gibson e Sylvester Stallone serão embaixadores especiais em um lugar grandioso, mas muito conflituoso: Hollywood, Califórnia. Eles serão meus enviados especiais com o propósito de fazer com que Hollywood, que perdeu muito negócio nos últimos quatro anos em países estrangeiros, volte maior, melhor e mais forte do que nunca", escreveu o republicano.

"Essas três pessoas tão talentosas serão meus olhos e meus ouvidos, e farei o que sugerirem", acrescentou.

Uma equipe conservadora na meca do cinema

Os três atores selecionados representam não apenas grandes nomes da indústria cinematográfica, mas também uma postura política conservadora que os colocou no centro do debate público.

Sylvester Stallone, famoso por sucessos como Rocky e Rambo, se referiu em várias ocasiões a Trump como uma figura comparável a George Washington.

Em uma cena após a vitória eleitoral de novembro, ele o qualificou como uma "criatura mítica" e um renovador da política americana.

Mel Gibson, conhecido tanto por sua carreira como ator (Mad Max, Arma Letal) quanto por sua atuação como diretor (A Paixão de Cristo, Até o Último Homem), não tem escondido sua postura crítica em relação a figuras democratas.

Em um momento, chegou a comparar o quociente de inteligência da vice-presidente Kamala Harris com "o de uma cerca", o que gerou controvérsia.

Sua trajetória inclui não apenas filmes icônicos, mas também declarações polêmicas que foram qualificadas por alguns grupos como racistas e homofóbicas.

Jon Voight, vencedor do Oscar por A Regresso e pai de Angelina Jolie, é outro defensor firme de Trump.

Em suas redes sociais, elogiou repetidamente o líder republicano, chegando a descrevê-lo como "o melhor presidente desde Abraham Lincoln".

Além disso, ele criticou as políticas de Obama e Biden, acusando-os de empurrar o país em direção ao socialismo. Sua postura em relação a Israel, à religião e à política internacional também o destacou como um defensor de valores tradicionalistas.

Trump e sua relação com Hollywood

A relação de Trump com Hollywood sempre foi historicamente complexa.

Apesar dos repetidos ataques de grande parte da comunidade artística à sua figura, o republicano contou com um grupo seleto de simpatizantes na indústria, entre eles a falecida atriz Kirstie Alley e o ator Dennis Quaid, que publicamente defenderam sua gestão.

Em um comício recente, Quaid chegou a qualificá-lo como "o melhor presidente do século XXI".

A nomeação de Stallone, Gibson e Voight reforça a estratégia de Trump de se cercar de figuras públicas conservadoras que não têm medo de desafiar o status quo da indústria cinematográfica.

Este trío, junto com outros nomes como Lil Wayne, Kanye West, e os reguetoneros Anuel AA e Justin Quiles, apoiou o presidente eleito em suas iniciativas e campanhas.

Com essa movimentação estratégica, Trump busca projetar uma visão renovadora para Hollywood, marcada por um retorno ao que ele descreve como "a Idade de Ouro".

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