Os EUA mantêm Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo

A inclusão implica sanções que agravam a crise econômica cubana.

Antony Blinken, Secretario de Estado de los Estados Unidos © X/Department of State
Antony Blinken, Secretário de Estado dos Estados UnidosFoto © X/Departamento de Estado

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O governo dos Estados Unidos confirmou que Cuba continuará inclusa na lista de Estados patrocinadores do terrorismo, de acordo com o relatório mais recente do Departamento de Estado sobre terrorismo em 2023.

A decisão baseia-se na avaliação de que o governo cubano continua a oferecer refúgio seguro a terroristas e fugitivos da justiça, bem como em sua relação com grupos guerrilheiros.

O relatório detalha que Cuba foi reintegrada à lista em janeiro de 2021, após ser determinado que prestou apoio reiterado a atos de terrorismo internacional.

Um dos principais argumentos é a recusa do governo cubano em extraditar líderes do Exército de Libertação Nacional (ELN) envolvidos no atentado de 2019 contra uma academia de polícia em Bogotá, Colômbia, que resultou em 22 mortos e 87 feridos.

Destacaram-se os nomes dos líderes do ELN Víctor Orlando Cubides (nomeado “Pablo Tejada”) e Ramírez Pineda (nomeado “Pablo Beltrán”), cujos pedidos de extradição foram apresentados pela Colômbia.

Além disso, é mencionado que vários fugitivos da justiça americana residem na ilha há décadas.

Junto a Cuba, estão países com os quais o regime de Havana mantém relações próximas, como Irã, Coreia do Norte e o agora deposto governo da Síria.

Permanecer nesta lista implica a imposição de sanções severas, como restrições à exportação de armas, limitações financeiras e controles sobre a exportação de bens de dupla utilização. Essas sanções agravam as dificuldades econômicas enfrentadas por Cuba, restringindo seu acesso ao comércio e à ajuda exterior.

A manutenção de Cuba nesta lista dissipa especulações sobre sua possível saída, após o governo dos Estados Unidos decidir em maio excluir a Ilha da lista de países que não cooperam plenamente com os esforços antiterroristas.

Para acalmar os ânimos, o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, esclareceu que, embora haja cooperação na luta contra o terrorismo, ainda persistem ações por parte de Cuba que justificam sua permanência na lista de patrocinadores do terrorismo.

No entanto, em novembro de 2024, o senador republicano Rick Scott expressou sua preocupação com a possibilidade de que a administração de Joe Biden considerasse retirar Cuba da lista antes do fim de seu mandato.

Scott argumentou que remover o regime cubano dessa designação ignoraria o perigo que representa e fortaleceria os inimigos dos Estados Unidos.

Por sua vez, o governo cubano solicitou em várias ocasiões sua exclusão da lista, qualificando sua inclusão como arbitrária e sem fundamento.

Após a decisão de maio, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba reiterou sua posição, instando os Estados Unidos a corrigir o que considera uma injustiça.

Cuba foi inicialmente designada como Estado patrocinador do terrorismo em 1982, devido ao seu apoio a grupos guerrilheiros. Posteriormente, em 2015, a administração de Barack Obama revogou essa designação como parte do processo de normalização das relações. No entanto, foi reinstaurada em 2021, durante o primeiro governo de Donald Trump.

Perguntas frequentes sobre a inclusão de Cuba na lista de países patrocinadores do terrorismo

Por que os Estados Unidos mantêm Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo?

Os Estados Unidos mantêm Cuba na lista de países que patrocinam o terrorismo, uma vez que, segundo o Departamento de Estado, o governo cubano continua a oferecer refúgio seguro a terroristas e foragidos da justiça. Além disso, menciona-se sua recusa em extraditar líderes do Exército de Libertação Nacional (ELN) envolvidos em um atentado na Colômbia e sua relação com vários fugitivos da justiça americana.

Quais são as consequências de Cuba estar na lista de patrocinadores do terrorismo?

A inclusão de Cuba na lista de patrocinadores do terrorismo implica severas sanções econômicas, como restrições às exportações de armas, limitações financeiras e controles sobre a exportação de bens de uso dual. Essas sanções agravam as já difíceis condições econômicas da ilha, limitando seu acesso ao comércio e à ajuda internacional.

Qual é a posição do governo cubano sobre sua inclusão na lista de terrorismo?

O governo cubano rejeita sua inclusão na lista de patrocinadores do terrorismo, qualificando-a como arbitrária e sem fundamento. Reiteraram em várias ocasiões o pedido para serem retirados desse listado, argumentando que as acusações são infundadas e que a decisão prejudica injustamente Cuba.

Qual é o impacto dessa designação nas relações entre os Estados Unidos e Cuba?

A designação de Cuba como patrocinador do terrorismo agrava as relações entre os Estados Unidos e Cuba. As sanções econômicas associadas a essa designação complicam qualquer tentativa de melhorar as relações bilaterais e aumentam as tensões políticas e econômicas entre os dois países.

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