![El canciller cubano Bruno Rodríguez Parrilla © ACN](https://cdn0.celebritax.com/sites/default/files/styles/watermark_100/public/1732043449-cancilleria-condena-ataques-israelies-libano-muy-proximos-sedes-diplomaticas-cubanas.jpg)
O regime cubano, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, emitiu um comunicado condenando veementemente os recentes ataques aéreos de Israel no Líbano e na Síria, incluindo bombardeios em áreas próximas às sedes diplomáticas cubanas em Beirute e Damasco.
A declaração denuncia as ações israelenses como uma "flagrante violação do Direito Internacional e do Direito Internacional Humanitário".
O comunicado sublinha seu repúdio particular ao ataque aéreo realizado no dia 14 de novembro contra o bairro residencial de Mezzeh, em Damasco, que abriga escritórios das Nações Unidas e missões diplomáticas, incluindo a representação cubana.
Da mesma forma, critica os bombardeios diários no subúrbio sul de Beirute, nas proximidades da área de Hazmieh, onde também funciona uma missão diplomática cubana.
A Chancelaria cubana solicitou ao Secretário-Geral da ONU e ao Conselho de Segurança que assumam sua "responsabilidade principal na manutenção da paz e segurança internacionais".
Além disso, pediu à Assembleia Geral da ONU que intensificasse os esforços para um cessar-fogo imediato e evitasse uma maior escalada do conflito.
O governo cubano não apenas condenou as operações militares israelenses, mas também reiterou sua narrativa tradicional contra Israel, classificando-o como uma "Potência Ocupante" que, com o apoio dos Estados Unidos, perpetra um "genocídio contra o povo palestino" e desestabiliza o Oriente Médio.
Acusou Washington de fornecer apoio militar, político e logístico, fomentando uma "perigosa escalada que compromete a estabilidade regional e internacional".
Em consonância com sua política externa, o regime cubano reafirmou sua solidariedade com as nações "agredidas" e apoiou a criação de um Estado Palestino independente com fronteiras anteriores a 1967 e Jerusalém Oriental como capital. Além disso, fez um apelo à admissão da Palestina como membro pleno da ONU.
Essa postura não nos surpreende, dado o apoio histórico do regime cubano a grupos como o Hamás e o Hezbolá, assim como sua estreita aliança com o Irã, principal patrocinador desses atores na região.
No final de setembro, o governante cubano Miguel Díaz-Canel lamentou a morte do líder do Hezbolá, Hassan Nasrallah, ocorrida após um ataque aéreo israelense em Beirute.
Da mesma forma, no final de julho, Díaz-Canel expressou suas condolências pela morte do líder do Hamás, Ismail Haniyeh, durante um ataque ocorrido em Teerã, onde o notório terrorista se deslocou para participar da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
Cuba, que não condenou os ataques do Hamas ocorridos em 7 de outubro, mantém uma retórica que apoia atores em confronto com Israel e os Estados Unidos, considerados inimigos estratégicos.
O comunicado, repleto de acusações contra Israel, está inserido em uma estratégia política do regime que busca reforçar suas alianças com países e organizações contrárias à influência ocidental no Oriente Médio, consolidando sua posição em um ambiente geopolítico polarizado.
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