O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, denunciou publicamente a morte de Manuel de Jesús Guillén Esplugas, preso político cubano que faleceu sob custódia no Combinado do Leste, em Havana. Através de uma mensagem na rede social X (anteriormente Twitter), Almagro qualificou a tragédia como um ato inaceitável que “não deve ser ignorado” e responsabilizou o regime cubano pela vida do jovem, que foi encarcerado por participar das protestas de 11 de julho de 2021 (11J).
“A morte de Manuel de Jesús Guillén Esplugas é uma tragédia que não deve ser ignorada. Seu único ‘crime’ foi levantar sua voz pela liberdade durante os protestos de 11J. O regime era responsável por salvaguardar sua vida na prisão. É imperativo que a comunidade internacional condene este ato e exija justiça para Manuel e todos aqueles que sofrem sob a ditadura em Cuba”, escreveu Almagro em sua conta oficial. Você pode ler o tweet completo aqui.
A repressão do regime cubano após os protestos de 11 de julho.
O caso de Guillén Esplugas, de 29 anos, gerou uma forte indignação internacional. Segundo denúncias de sua mãe, Dania María Esplugas Falcó, o jovem foi torturado e assassinado na prisão. A versão oficial, que atribui sua morte a um suicídio, foi rejeitada por familiares e organizações defensoras dos direitos humanos. Guillén Esplugas foi um dos mais de 1.500 cubanos encarcerados após as manifestações massivas do 11J, consideradas um dos eventos de oposição mais significativos em décadas.
O impacto internacional do 11J continua presente. Este feito histórico foi comemorado em 2023 por cubanos em várias cidades ao redor do mundo, segundo um relatório sobre as manifestações globais de solidariedade com o povo cubano.
Um chamado internacional para deter a repressão em Cuba.
O secretário-geral da OEA insistiu que os governos democráticos do hemisfério devem exigir justiça e medidas concretas para frear a repressão na ilha. Três anos depois do 11J, as causas que originaram a explosão social não apenas persistem, mas se agravaram. Uma análise detalhada da situação dos presos políticos em Cuba foi abordada em um relatório internacional sobre direitos humanos.
O caso de Guillén Esplugas ressalta a necessidade de atenção internacional para garantir os direitos humanos em Cuba. Este crime, como muitos outros, reflete o alto custo humano da luta pela liberdade na ilha.
Perguntas frequentes sobre a morte de Manuel de Jesús Guillén e a repressão em Cuba
Quais são as circunstâncias que cercam a morte de Manuel de Jesús Guillén Esplugas na prisão?
A morte de Manuel de Jesús Guillén Esplugas foi denunciada como um suposto assassinato devido a uma agressão sofrida nas mãos de seus carcereiros. O regime cubano informou à família que o jovem se suicidou, algo que foi negado veementemente por seus parentes, que afirmam que ele foi assassinado na prisão. Esse acontecimento gerou uma série de condenações dentro e fora de Cuba, incluindo figuras políticas e ativistas internacionais.
Como a comunidade internacional reagiu ao caso de Guillén Esplugas?
A comunidade internacional expressou sua condenação e preocupação pela repressão em Cuba. Figuras políticas e organizações de direitos humanos têm feito apelos para que cessem as detenções arbitrárias e que os presos políticos sejam liberados. O subsecretário de Estado dos Estados Unidos para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian A. Nichols, qualificou a notícia como trágica e mencionou as denúncias de tortura como parte das circunstâncias que cercaram o falecimento de Guillén Esplugas.
Que impacto teve a postura de figuras públicas como Aymée Nuviola?
Aymée Nuviola, uma destacada cantora cubana, tem utilizado sua plataforma para denunciar a morte de Guillén Esplugas e expressar solidariedade com as vítimas da repressão em Cuba. Sua postura crítica em relação ao regime cubano e seu apelo à denúncia das injustiças têm ressoado nas redes sociais, ajudando a amplificar a rejeição internacional às ações do governo cubano.
Qual é a situação atual dos presos políticos do 11J em Cuba?
Desde as protestas de 11 de julho de 2021, o regime cubano mantém 554 pessoas encarceradas. Os presos enfrentam condições alarmantes, com denúncias de torturas, tratamentos cruéis e desumanos, e falta de atendimento médico adequado. Ativistas e organizações internacionais têm exigido melhorias nas condições prisionais e a liberação dos prisioneiros políticos.
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