Mais de 9.000 pessoas envolvidas em delitos contra o gado bovino em Cuba em 2024

Os delitos têm um impacto significativo em 55 municípios de nove províncias do país.


Os delitos relacionados com o gado bovino em Cuba, que segundo o regime afetam gravemente a economia e a segurança alimentar, já envolvem mais de 9.000 pessoas neste ano, conforme dados apresentados pelo coronel Manuel Valdés Brito, chefe do Órgão de Enfrentamento da Direção Técnica de Investigações (DTI) do Ministério do Interior (MININT).

O tema foi analisado no programa televisivo Hacemos Cuba, no qual participaram também Mayra Cruz Legón, diretora jurídica do Ministério da Agricultura, e Yoel Palmero Meneses, membro do Buró Nacional da Associação Nacional de Agricultores Pequeños (ANAP).

O coronel Valdés destacou que esse crime tem um impacto significativo em 55 municípios de nove províncias, evidenciando sua extensão e complexidade.

Durante o ano, os órgãos do MININT concentraram esforços no combate a essas ilegalidades, realizando 6.000 ações de enfrentamento e abrindo 902 processos investigativos, o que resultou na neutralização de 9.005 indivíduos, dos quais 52% receberam medidas penais.

Entre as principais irregularidades detectadas estão: proprietários falecidos ou ausentes que não declararam seu gado, nascimentos e transações não registrados, animais não inscitos ou identificados de forma incorreta, roubo, sacrifício ilegal e desaparecimentos nos rebanhos, além de falhas nas medidas de controle e responsabilidade dos produtores.

Foram registradas 591 denúncias relacionadas a fatos que ameaçam o controle do rebanho, um setor prioritário para o desenvolvimento agrícola do país.

Segundo o regime, os produtores de gado devem cumprir regulamentos rigorosos, entre os quais se destacam a comprovação da posse da terra, a garantia do cercado perimetral das áreas de pastagem, a disponibilidade de instalações adequadas como estábulos, abrigo e curral, e a denúncia imediata da perda, roubo ou abate ilegal de animais.

O coronel Valdés enfatizou que o combate a este flagelo é uma prioridade nacional devido ao impacto econômico e social que gera. “É um dos delitos mais frequentes no país e seu enfrentamento exige um esforço coordenado de todos os órgãos envolvidos”, concluiu.

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