O Observatório de Gênero Alas Tensas (OGAT) e o YoSíTeCreo em Cuba pediram ajuda para confirmar o nome de uma mulher que morreu em plena rua, na cidade de Holguín, após ser atacada pelo companheiro.
Em uma publicação em suas redes sociais, as referidas plataformas esclareceram nas últimas horas que a vítima tinha 37 anos e que o feminicídio ocorreu no dia 12 de outubro.
"Busca-se a confirmação do nome de uma mulher, de 37 anos, que morreu às mãos de seu parceiro no dia 12 de outubro de 2024, na via pública da cidade de Holguín. Antes, o agressor havia ferido gravemente o filho de 15 anos dela em sua casa, que hoje está fora de perigo", escreveram.
No dia 14 de novembro, as plataformas YoSíTeCreo em Cuba e o Observatório de Gênero Alas Tensas elevaram para 46 o número de feminicídios verificados até agora no ano, após a confirmação do assassinato de uma mãe cubana às mãos de seu ex-parceiro em Santa Clara, Villa Clara, que deixou duas meninas órfãs.
A esse número somam-se cinco tentativas de feminicídio, seis casos que necessitam de acesso à investigação policial e dois assassinatos de homens por razões de gênero.
No entanto, desde a mais recente atualização de vítimas por parte das plataformas, houve relatos sobre o assassinato de uma cubana em Maisí, na província de Guantánamo, pelas mãos de sua parceira.
Em agosto, o regime revelou que em 2023 foram julgados em tribunais 60 casos de assassinatos de mulheres de 15 anos ou mais por motivos de gênero, dos quais 50 (83,3%) foram mortas por seus parceiros ou ex-parceiros, e o restante por outros agressores, de acordo com dados do Observatório de Cuba sobre Igualdade de Gênero.
Também foram julgados 378 casos de violência sexual e um número não especificado de mulheres ficou com lesões após ataques de seus ex-parceiros.
No Código Penal cubano, o feminicídio não é tipificado como crime, e também não são utilizados os termos "feminicídio" ou "crime machista".
A oficialista Federação de Mulheres Cubanas (FMC) admitiu que mais de 16.000 mulheres e meninas, de 9.579 famílias, vivem em situação de violência no país.
O governo criou em julho um sistema nacional de registro, atendimento, acompanhamento e monitoramento dos casos de violência de gênero no ambiente familiar.
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