Denunciam a morte de um detento na prisão de Cienfuegos após agressão

Inoel Rodríguez, preso em Ariza, Cuba, morreu após uma agressão por parte dos guardas. Sua família denunciou tortura ao ver o corpo. As autoridades alegaram suicídio.

Prisionero presuntamente asesinado bajo custodia © Facebook
Prisioneiro supostamente assassinado sob custódia.Foto © Facebook

O prisioneiro cubano Inoel Rodríguez Rodríguez foi espancado até a morte na prisão de Ariza, em Cienfuegos, denunciaram seus familiares.

Segundo explicaram, o corpo do jovem de 27 anos e com esquizofrenia foi entregue em um caixão, mas ao constatar que ele tinha um olho roxo, decidiram revisar o corpo.

"Abri o caixão e tiraram fotografias do seu corpo como prova da tortura que sofreu. Relata-se que a ordem foi dada por Maikel Medinas Terry e que ele foi espancado por sete guardas, incluindo alguns conhecidos como: O diabo, Chávez, o bala, Leducar, Samaná e Ismael", destaca a denúncia.

A vítima apresentava hematomas por todo o corpo, nas pernas, na cabeça, no rosto, nos braços e nas costas, como pode ser observado em um vídeo divulgado pela família.

Inoel era um prisioneiro com esquizofrenia e, supostamente, teria sido brutalmente agredido por gritar "pátria e vida, Díaz-Canel, seu filho da mãe, Raúl Castro, assassino".

Os funcionários da prisão, cujo diretor se chama Lisandro Arguelles Fonseca, informaram à família que o jovem havia se suicidado.

O congressista cubano-americano Mario Diaz-Balart qualificou este fato de "horroroso" e exigiu que os torturadores de Rodríguez Rodríguez sejam responsabilizados.

"É necessário restabelecer sanções rigorosas contra o regime que abusa, encarcerar e busca destruir aqueles que ousam levantar a voz contra ele. Os dias de apaziguamento que encorajaram nossos adversários durante a Administração Biden-Harris estão contados", destacou.

"Em breve, iniciaremos uma nova etapa que encerrará a política de concessões desta Administração", ressaltou o congressista, referindo-se à vitória nas eleições presidenciais de Donald Trump, que acaba de nomear o também cubano-americano Marco Rubio como seu novo Secretário de Estado.

Em julho passado, a organização não governamental Cubalex, dedicada ao monitoramento do respeito aos direitos humanos em Cuba e que oferece assistência legal gratuita na Ilha, contabilizou nos últimos dois anos 56 mortes de pessoas que estavam sob custódia das autoridades do país.

A violência é a principal causa de morte nesses casos.

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