O prisioneiro cubano Inoel Rodríguez Rodríguez foi espancado até a morte na prisão de Ariza, em Cienfuegos, denunciaram seus familiares.
Segundo explicaram, o corpo do jovem de 27 anos e com esquizofrenia foi entregue em um caixão, mas ao constatar que ele tinha um olho roxo, decidiram revisar o corpo.
"Abri o caixão e tiraram fotografias do seu corpo como prova da tortura que sofreu. Relata-se que a ordem foi dada por Maikel Medinas Terry e que ele foi espancado por sete guardas, incluindo alguns conhecidos como: O diabo, Chávez, o bala, Leducar, Samaná e Ismael", destaca a denúncia.
A vítima apresentava hematomas por todo o corpo, nas pernas, na cabeça, no rosto, nos braços e nas costas, como pode ser observado em um vídeo divulgado pela família.
Inoel era um prisioneiro com esquizofrenia e, supostamente, teria sido brutalmente agredido por gritar "pátria e vida, Díaz-Canel, seu filho da mãe, Raúl Castro, assassino".
Os funcionários da prisão, cujo diretor se chama Lisandro Arguelles Fonseca, informaram à família que o jovem havia se suicidado.
O congressista cubano-americano Mario Diaz-Balart qualificou este fato de "horroroso" e exigiu que os torturadores de Rodríguez Rodríguez sejam responsabilizados.
"É necessário restabelecer sanções rigorosas contra o regime que abusa, encarcerar e busca destruir aqueles que ousam levantar a voz contra ele. Os dias de apaziguamento que encorajaram nossos adversários durante a Administração Biden-Harris estão contados", destacou.
"Em breve, iniciaremos uma nova etapa que encerrará a política de concessões desta Administração", ressaltou o congressista, referindo-se à vitória nas eleições presidenciais de Donald Trump, que acaba de nomear o também cubano-americano Marco Rubio como seu novo Secretário de Estado.
Em julho passado, a organização não governamental Cubalex, dedicada ao monitoramento do respeito aos direitos humanos em Cuba e que oferece assistência legal gratuita na Ilha, contabilizou nos últimos dois anos 56 mortes de pessoas que estavam sob custódia das autoridades do país.
A violência é a principal causa de morte nesses casos.
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