Santiago de Cuba consideraria um hospital de campanha como resposta à crise sísmica

Santiago de Cuba está planejando um hospital de campanha devido à atual atividade sísmica relatada.

Plaza Antonio Maceo de Santiago de Cuba © Wikimedia
Praça Antonio Maceo de Santiago de CubaFoto © Wikimedia

Diante da situação sísmica no oriente de Cuba, com 885 terremotos registrados em menos de 24 horas, o governo de Santiago de Cuba considera a instalação de um hospital de campanha como medida para enfrentar a crise.

Fontes da direção provincial de Saúde Pública informaram à CiberCuba que foi orientado a cada hospital do território para formar brigadas médicas, compostas por cirurgiões, anestesistas, terapeutas, ortopedistas e outras especialidades.

“Ficaria localizado na Praça da Revolução”, indicou o funcionário do setor. “É um grande espaço ao ar livre, longe de edificações, e que em outras crises sísmicas já foi utilizado com esse propósito no passado.”

Além disso, destacou que a criação dessas brigadas médicas sobrecarregaria ainda mais a já tensa situação com os especialistas nos hospitais, que nos últimos anos têm enfrentado um êxodo maciço de profissionais.

A fonte acrescentou que na direção provincial persiste uma grande preocupação com a escassez de suprimentos médicos e medicamentos: “Oxalá não aconteça nada, porque ficaria evidente, mais uma vez, a falta de recursos que enfrentamos. Nos hospitais fazemos 'medicina de campanha' diariamente devido à carência. Você consegue imaginar se acontecesse uma tragédia?”.

Na localidade de Pilón, Granma, a mais próxima do epicentro dos terremotos registrados neste domingo em Cuba, já conta com um hospital de campanha, que foi instalado “em áreas da instituição de saúde Félix Lugones Ramírez, severamente afetada pelos tremores de terra”, informou a emissora local, CNC Granma, em seu portal web.

Nas últimas 24 horas, a rede de estações do Serviço Sismológico Nacional, do Centro Nacional de Investigações Sismológicas, registrou 885 terremotos, o que mantém a população do leste de Cuba e seus dirigentes em estado de alerta.

A situação já havia sido alertada anteriormente pelo doutor em Ciências Enrique Diego Arango Arias, chefe do Serviço Sismológico Nacional, que avisou em suas redes sociais que a atividade sísmica era “bastante complicada”, após o registro de dois terremotos neste domingo ao sudeste de Pilón, na província de Granma.

O governo de Santiago de Cuba, com ampla experiência no enfrentamento desse tipo de eventos sísmicos, recomendou aos moradores dos 11 edifícios altos da região que permanentessem em locais abertos.

A região oriental foi fortemente abalado neste domingo, primeiro por um tremor premonitório de magnitude 6.0 na escala Richter, e depois por um tremor principal de 6.7.

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