O advogado Wilfredo Allen envia mensagem aos cubanos com I-220A após a vitória de Trump nas eleições dos EUA

O advogado Wilfredo Allen compartilhou alguns conselhos com os cubanos com I220-A.


O advogado de Imigração, Wilfredo Allen, enviou uma mensagem de tranquilidade aos cubanos que estão sob um formulário I-220 (Ordem de liberação sob palavra), após a recente vitória de Donald Trump.

Em declarações ao jornalista Daniel Benítez (Univision), Willy Allen afirmou que os cubanos com I-220 A não o preocupam e antecipou que, seguramente, "todos serão legalizados".

"Não me preocupam. Qual é o passo do elefante? Lento, mas esmagador. Os I220-A são lentos e esmagadores. Todos vão ser legalizados", afirmou, embora tenha aproveitado para deixar alguns conselhos importantes.

“Não devem estar preocupados, porque enquanto forem ao tribunal, enquanto apresentarem seu pedido de asilo, não falharem e não cometem delitos, temos um processo em andamento e eu confio que todos irão se legalizar”, assegurou.

No que diz respeito ao enorme perigo de faltar às audiências, Allen mencionou o caso de um cubano que não compareceu à corte e foi deportado há um ano.

“Preparou uma moção para reabrir o caso e já foi negada. Nada pode ser feito. Não será legalizada, não terá residência”, afirmou.

"Muito importante, se você tem audiência, apresente-se no tribunal, e com antecedência", disse e relatou a seguir um infeliz incidente ocorrido com outro cubano nos últimos dias.

Ele detalhou que o migrante em questão tinha uma audiência no tribunal em Miami, mas morava em Chicago. Contudo, teve a infelicidade de não conseguir embarcar no avião na tarde anterior à sua reunião, devido a um problema com os sobrenomes dele e da filha ao fazer o check-in.

Ele teve que fazer o trajeto de Chicago ao sul da Flórida de carro e chegou a Miami um dia depois de sua consulta.

“Se houver corte longe de onde vivem, planejem e cheguem a tempo”, apontou o advogado.

Willy Allen disse que perder uma audiência no tribunal hoje é ruim, mas acrescentou que será muito pior perdê-la a partir de janeiro, quando Donald Trump assumir oficialmente seu segundo mandato na Casa Branca.

“Os I-220A, enquanto estiverem no tribunal, enquanto apresentarem seu pedido de asilo, enquanto não cometerem delitos criminais, podem ficar tranquilos. Lembrem-se do passo do elefante, lento, mas esmagador”, concluiu.

Não é apenas Wilfredo Allen o único advogado que expressou confiança na resolução do problema dos cubanos com o I-220A; o advogado José Guerrero também se mostrou otimista em recentes declarações ao jornalista da Univision, Javier Díaz.

"Eu acredito que o problema dos I-220A será resolvido nesta administração. Não podemos garantir nada, é preciso dar tempo, mas eu realmente acredito que com esta administração e com Maria Elvira Salazar defendendo todos os I-220A, esse problema será resolvido", afirmou.

A congressista cubano-americana María Elvira Salazar, recentemente reeleita em seu cargo, é uma das figuras da política na Flórida que tem reclamado de forma mais ativa que os cubanos com I-220A possam ser legalizados.

Nos últimos meses, um número crescente de cubanos que foram liberados com o formulário I-220A tem insistido que seja reconhecida sua entrada nos Estados Unidos.

Os cubanos com I-220A que estão há mais de um ano e um dia nos Estados Unidos não podem solicitar sua residência através da Lei de Ajuste Cubano, pois essa lei estabelece o parole como um requisito, e não a I-220A.

O governo dos EUA concede o I-220A a certas pessoas que foram detidas e posteriormente liberadas por oficiais de imigração.

No último ano, em várias ocasiões, cubanos se reuniram em frente ao famoso restaurante Versailles, em Miami – e até mesmo em Washington – para exigir a suspensão das deportações para Cuba e solicitar a regularização para aqueles que obtiveram um documento I-220A ao entrar nos Estados Unidos.

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