Beneficiários do "parole humanitário" sem status legal nos EUA podem ser deportados sob a administração de Donald Trump

A administração de Trump poderia encerrar programas de Biden que permitiram a entrada legal de imigrantes, como o parole humanitário, o que poderia levar a deportações em massa.

Donald Trump © Flickr
Donald TrumpFoto © Flickr

A equipe de transição do presidente eleito Donald Trump está considerando encerrar dois importantes programas implementados pela administração de Joe Biden que permitiram a entrada legal de mais de 1,3 milhões de imigrantes nos EUA.

Esses programas, CBP One e o parole humanitário, permitiram que migrantes de países como Cuba, Haiti, Venezuela e Nicarágua entrassem nos Estados Unidos sob certas condições.

No caso dos cubanos, após um ano e um dia de ingresso no país, os beneficiados com o parole humanitário puderam solicitar asilo político conforme a Lei de Ajuste Cubano e regularizar sua permanência nos EUA.

Fontes próximas à transição de Trump, que venceu as eleições presidenciais da última terça-feira nos Estados Unidos, afirmaram em declarações à CBS News que o fim desses programas poderia tornar centenas de milhares de pessoas elegíveis para deportação, caso não tenham recebido asilo ou não possuam outro status legal que lhes permita permanecer no país, conforme citou a Telemundo 51.

Os programas CBP One e o parole humanitário têm sido pilares na estratégia de Biden para promover a imigração legal, ao mesmo tempo em que desincentivam a travessia ilegal da fronteira.

No entanto, sob o plano de Trump, aqueles que chegaram legalmente por meio desses programas poderiam enfrentar a deportação, embora os primeiros a serem alvo sejam os considerados ameaças à segurança nacional, como os migrantes chineses em idade militar e aqueles com antecedentes criminais.

Apesar da possível implementação das deportações, as fontes alertam que esses migrantes podem não ser uma prioridade imediata para a deportação, mas poderão enfrentar uma expulsão no futuro.

Esses casos podem ser adiados porque a equipe de transição analisa os planos elaborados para "maximizar o alcance das deportações" e "dar prioridade a determinados imigrantes entre os primeiros a serem obrigados a partir".

A medida é um componente chave das promessas de Trump de realizar deportações em massa, um plano que deverá gerar batalhas legais, visto que muitos defensores dos direitos dos imigrantes já estão preparando ações judiciais para contestar qualquer tentativa de revogar o status daqueles que chegaram sob esses programas.

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