Yordenis Ugás critica os exilados que estão alarmados com Cuba após a vitória de Trump: "É uma hipocrisia"

"Em Cuba não falavam porque não os deixavam sair, e aqui também não falam por medo de não os deixarem entrar."


O boxeador cubano Yordenis Ugás criticou seus compatriotas nos Estados Unidos que estão alarmados com o destino de Cuba após a vitória de Donald Trump nas eleições de terça-feira.

Em uma transmissão ao vivo feita em seu perfil no Facebook, o pugilista qualificou de "hipocrisia" o fato de tantos cubanos no exílio afirmarem se preocupar com o destino dos que permanecem na Ilha, quando nunca quiseram fazer nada pela liberdade de sua pátria.

"Por anos temos pedido ativismo e muitos deles dizem: eu mando dinheiro para a minha família, minha família está bem. E, no entanto, o vizinho que não tem que se dane", questionou.

Para Yordenis, a pior atitude que os cubanos podem ter ao emigrar é não condenar a ditadura para poder viajar à Ilha.

"Em Cuba não falavam porque não os deixavam sair e aqui não falam por medo de que não os deixem entrar. Esses são os mesmos que agora estão preocupados com os cubanos porque o Trump saiu; por favor", concluiu.

Ugás, reconhecido ativista contra o regime comunista de Cuba, é um fervoroso admirador de Donald Trump.

Na terça-feira, após a vitória republicana, agradeceu ao povo americano por lhe conceder quatro anos a mais à frente dos Estados Unidos para que "conclua o trabalho que começou em 2016".

"Não é a melhor pessoa do mundo. É um homem com virtudes e defeitos, mas que ama seu país e está disposto até a morrer por ele, todo este processo e que tem o que é necessário para guiar este barco a um porto melhor", expressou no Facebook.

Captura do Facebook / Yordenis Ugás

"Ele é um escolhido de Deus. É um guerreiro que enche de orgulho seus seguidores. (...) Ele faz história ao ser o segundo presidente a recuperar a Casa Branca depois de ser derrotado. Vá, presidente. Vá e torne-se o melhor presidente da história deste belo e abençoado país. Faça isso! Faça a América grande novamente", disse.

Em julho passado, após o veredicto do tribunal que declarou Trump culpado de 34 crimes, o boxeador cubano saiu em sua defesa, afirmando que o processo judicial estava politizado.

"Isso é algo absurdo, são apenas delitos menores que o transformaram em uma felonia", enfatizou então.

"Donald Trump vai ganhar umas eleições fáceis em novembro. Ele se tornou uma vítima, porque a maioria pensa que este é um processo que foi politizado", destacou.

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