A Havana enfrenta uma situação alarmante com a iminente chegada do furacão Rafael, atualmente de categoria 2, que pode se intensificar. A capital cubana acumula toneladas de lixo em suas ruas, um problema que tem sido ignorado há anos pelas autoridades locais.
A falta de um sistema de gestão de resíduos eficiente e o deterioramento da infraestrutura representam uma ameaça direta para os cidadãos. Coletar toneladas de lixo é responsabilidade do Estado, e a incapacidade de cumprir essa tarefa coloca os habitantes de Havana em uma situação de risco grave.
O povo, além das carências cotidianas, agora deve se preparar para as possíveis consequências dessa negligência estatal. Aqui mencionamos alguns dos problemas que se agravarão na cidade nos próximos dias.
1. Obstrução de drenagens e risco de inundações
O acúmulo de lixo nas ruas e calçadas pode bloquear os bueiros, impedindo o escoamento adequado da água da chuva. Sem um sistema de esgoto limpo e operacional, Havana está em risco de enfrentar inundações massivas.
Este risco poderia afetar os bairros mais vulneráveis, onde os moradores já enfrentam graves dificuldades.
2. Inundações severas em áreas residenciais
A falta de manutenção nos sistemas de drenagem, responsabilidade do governo, pode levar a inundações catastróficas nas áreas residenciais mais baixas da cidade.
O governo sabe disso, e desde domingo começaram a dragar a foz de alguns rios, mas a população afirma que os trabalhos não foram realizados em todas as áreas onde são necessários.
3. Aumento de doenças infecciosas
A acumulação de lixo e a água parada são focos de doenças como dengue e leptospirose. Essas condições, provocadas em parte pela falta de gestão de resíduos sólidos, aumentam o risco de surtos epidêmicos que ameaçam a saúde pública.
4. Pragas e contaminação sanitária
As ratazanas, os mosquitos e as baratas prosperam em ambientes sujos com água acumulada. A responsabilidade de manter as ruas limpas recai sobre o Estado. Os cidadãos não conseguem controlar o aumento de pragas nessas condições. A situação atual pode desencadear um aumento de doenças transmitidas por esses vetores.
5. Contaminação da água potável
As chuvas intensas podem fazer com que resíduos tóxicos do lixo se filtrem para os aquíferos, impactando a qualidade da água potável.
A falta de gestão de resíduos coloca em risco a saúde dos cidadãos, que terão que se preparar para a possibilidade de que suas fontes de água sejam contaminadas. O governo recomenda ferver a água, uma medida importante a ser tomada em cada casa imediatamente, mas que não resolve o problema fundamental.
6. Maus odores em toda a cidade
A mistura de lixo em decomposição e águas pluviais liberará maus odores por toda Havana, uma cidade populosa que já apresenta um aspecto sujo e áreas bastante contaminadas.
7. Dificuldades no trânsito
O lixo espalhado pelos fortes ventos do furacão Rafael pode obstruir ruas e estradas, dificultando a passagem de veículos de emergência e de cidadãos. A falta de planejamento do Estado na coleta de resíduos representa um risco adicional em situações de emergência.
8. Danos a infraestruturas e habitações
O arrastamento de objetos pesados entre o lixo devido às fortes chuvas e correntes de água pode causar danos a pessoas, residências e às infraestruturas da cidade. Os cidadãos não dispõem dos recursos necessários para proteger seus lares desses perigos que poderiam ser evitados com um sistema de coleta eficiente.
9. Impacto econômico e recursos saturados
A resposta do Estado diante do furacão pode ser comprometida pela necessidade de destinar recursos para lidar com o caos do lixo, em vez de atender a outras emergências. Essa situação representa um novo golpe econômico em um país onde os recursos básicos já são escassos.
10. Deterioramento da paisagem urbana de Havana
A acumulação de lixo nas ruas reflete uma imagem de abandono que afeta tanto os residentes quanto o turismo. A chegada do furacão Rafael destaca a incapacidade do Estado em gerenciar adequadamente a cidade.
Em vez de soluções, os habaneros apenas recebem advertências. O governo cubano se limita a pedir à população que mantenha a higiene e armazene água potável. No entanto, o povo não pode enfrentar sozinho o problema do acúmulo de toneladas de lixo nas ruas.
A falta de ação e planejamento por parte do Estado coloca em risco a saúde, o bem-estar e a segurança de Havana nesta emergência.
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