Cubanos reagem ao apagão massivo: "Até quando?"

"Que façam uma pesquisa em cada casa. Por CDR. Por escolas. Por centros de trabalho. Revisem quem quer continuar com esse sistema fracassado", disse uma leitora de CiberCuba.

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Centenas de leitores do CiberCuba reagiram indignados ao novo anúncio do Ministério da Energia e Minas de Cuba (MINEM) sobre a desconexão total do Sistema Eletroenergético Nacional (SEN), resultado da saída de serviço da termoelétrica Antonio Guiteras.

Este evento provocou um apagão maciço em todo o país que disparou o descontentamento da população, que já enfrenta apagões de até 20 horas consecutivas.

Em apenas 39 minutos, mais de 3000 leitores reagiram à publicação da notícia no Facebook e deixaram mais de 1100 comentários como "Até quando?" e "Isto é um crime contra o meu povo". As respostas à publicação refletem o descontentamento generalizado. Alguns exigem uma mudança de sistema, apontando que a situação atual é insustentável.

"Que falta de respeito tão grande, um país inteiro sem eletricidade, que entreguem o país e se vão, que Cuba o que dá é pena, como a destruíram e não só a Ilha que está caindo em pedaços, mas o mais triste é seu povo, o povo que é quem sofre", disse um internauta.

Publicação emFacebook

"Excelentes más notícias! a ver se as pessoas acabam entendendo que a solução é sair todos às ruas para mudar o sistema, o comunismo é isso, miséria e necessidades", ressaltou um segundo.

"Que façam uma pesquisa por casa. Por CDR. Por escolas. Por centros de trabalho. Que de fato, quase todos os trabalhadores estão em suas casas. As crianças não podem ir para a escola. Revisem quem quer continuar com esse sistema fracassado", recomendou outra.

"Isto é sem palavras, não sei aonde vamos até quando são tão, mas tão autossuficientes que não percebem que não conseguem lidar com um sistema que está obsoleto. Deixem os mais jovens governar o país com outra mentalidade e verão como tudo flui."

"Que falta de respeito e os barrigudos dos dirigentes com certeza estão sem luz também," questionou uma internauta.

"Ela ainda vai com um visto humanitário", finalizou outro cubano.

O primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz, admitiu a gravidade da crise durante uma recente aparição em meios estatais, apontando que não se prevêem soluções a curto prazo. No entanto, foi anunciada a chegada de combustível que poderia melhorar a situação.

O descontentamento entre os cubanos tem aumentado, com apagões que em algumas áreas superam 20 horas diárias. Enquanto isso, a população enfrenta não apenas cortes de luz, mas também dificuldades em áreas essenciais como alimentação e saúde. "Não queremos mais informações, o que precisamos são soluções", clamaram os usuários nas plataformas sociais.

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