Cresce a indignação entre os cubanos pelos extensos apagões: "Renunciem"

Díaz-Canel voltou a culpar o embargo americano pela crise energética.

Apagón en La Habana © Neo Mambì / Facebook
Apagão em HavanaFoto © Neo Mambì / Facebook

O descontentamento entre os cubanos continua a aumentar devido aos longos apagões que, em algumas áreas, superam as 20 horas diárias: "Renunciem", responderam a uma recente publicação do governante Miguel Díaz-Canel.

O mandatário informou em suas redes sociais que o Primeiro-Ministro Manuel Marrero e diretores do Ministério de Energia e Minas compareceriam na televisão para explicar a "situação de emergência energética" que o país enfrenta.

Em sua mensagem, Díaz-Canel apontou que a causa principal da crise energética é o "agravamento da guerra econômica e a perseguição financeira e energética dos Estados Unidos", o que tem dificultado a importação de combustível e outros recursos necessários para o funcionamento da indústria elétrica.

Publicação no Facebook

No entanto, suas palavras apenas intensificaram a indignação de uma população que, além de apagões prolongados, enfrenta a falta de serviços básicos.

Um dos comentários foi o de Adelaida Surí González, que de Cienfuegos disse: "Boa tarde, presidente. Devo dizer que aqui em Cienfuegos o povo não pode ver essa informação pela falta de energia, está quase toda a província apagada, 12 horas e em alguns lugares mais de 12 horas".

Yanet Gómez Estrada, por sua vez, apontou com ironia: "Vamos dividir o país ao meio. Continuem vocês dizendo que estão aguentando, porque tenho certeza de que não sabem o que é um apagão de verão... E do outro lado, os que já não queremos mais resistir."

Os cubanos não apenas enfrentam a crise energética, mas também sofrem problemas relacionados à alimentação, ao transporte e à saúde.

"Não queremos mais informações, o que precisamos são soluções", sentenciou outro usuário.

Enquanto isso, o país continua mergulhado em um ciclo de apagões e precariedades, que apenas aumentou o desespero.

O que você acha?

COMENTAR

Arquivado em:


Você tem algo a relatar? Escreva para a CiberCuba:

editores@cibercuba.com +1 786 3965 689