Médicos cubanos na Espanha confrontam ministra de Ciências no meio da rua

Os cubanos estão pressionando há meses para que a homologação de seus diplomas na Espanha seja acelerada.


Médicos cubanos na Espanha abordaram em plena rua a ministra de Ciência, Inovação e Universidades da Espanha, Diana Morant, e exigiram que ela agilizasse a homologação de títulos.

Embora seja a primeira vez que a funcionária se apresenta aos médicos da ilha, que estão protestando há meses pela demora nos trâmites, Morant negou que haja algum tipo de discriminação.

No entanto, os médicos da nação caribenha disseram-lhe que havia processos de 2020 e 2023 que não tiveram resposta a suas solicitações, enquanto colombianos, argentinos e de outros países conseguem homologar seus títulos mais rapidamente.

"As estatísticas mostram que a paralisação desde setembro de 2023 foi precisamente dos cubanos e todas as outras nacionalidades continuaram saindo", disse uma profissional cubana à ministra, a quem reiterou que no processo de espera também estão paralisadas as vidas de centenas de médicos, "e são anos de espera".

"Não estamos distinguindo entre cubanos, colombianos, chilenos, de verdade", afirmou Morant diante de uma dezena de profissionais da Ilha no contexto das três conferências ibero-americanas em matéria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Superior, que ocorreram nos dias 10 e 11 de outubro na XXIX Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo, com sede em Valência.

Um vídeo postado nas redes sociais mostrou os médicos confrontando a titular, a quem pediram explicações, dois dias depois que o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, prometeu uma aceleração nas homologações dos títulos de profissionais estrangeiros interessados em trabalhar no país.

Morant admitiu que o trabalho "estamos fazendo mal" e prometeu melhorar os processos de tramitação.

"Na nossa parte, do Ministério, vamos articular uma melhor maneira de proceder", prometeu a ministra.

Agregou que estão discutindo "na parte que diz respeito aos países emissores dos títulos". "Se estivesse resolvido, não estaríamos discutindo, não estaríamos elaborando um plano de ação, além de termos uma vontade claríssima de resolver essa situação", assegurou.

"Este país precisa de vocês. Nós precisamos de vocês e queremos que trabalhem em suas profissões", afirmou.

Além disso, afirmou que dariam prioridade às homologações de títulos das pessoas que já se encontram na Espanha, a fim de evitar que fiquem em situação migratória irregular devido à demora do processo.

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