A falta de médicos no plantão do hospital de Sancti Spíritus afeta a população nas noites.

Somente no México o governo cubano tem 3800 médicos.

Hospital provincial de Sancti Spíritus © Escambray
Hospital provincial de Sancti SpíritusFoto © Escambray

Residentes da província cubana Sancti Spíritus denunciaram nesta quarta-feira que a falta de pessoal médico nas consultas de Urgência do Hospital Camilo Cienfuegos se tornou insustentável, especialmente durante as noites, onde os pacientes encontram as consultas vazias ou devem ser atendidos por residentes que não oferecem diagnósticos seguros.

"Chegar ao hospital provincial à noite para se consultar com um médico é difícil, pois a maioria das consultas está vazia, já que estão ou comendo ou nas salas, e você tem que esperar até que decidam descer", explicou a paciente Irina Calero Suárez, residente em Olivos III, ao Centro para a Liberdade de Expressão e Imprensa (ICLEP).

O problema se agrava com o recente aumento de casos graves de dengue na população pediátrica de Sancti Spíritus, onde a falta de atenção adequada pode ter graves consequências.

"Quando você chega ao plantão à noite, encontra dois problemas: que o médico não esteja presente e que, quando pode te atender, seja um estudante do 4º ou 5º ano do curso, que ainda não se formou e não pode te dar um diagnóstico seguro do seu problema de saúde", relatou Aldo Carballo Conde, residente no Reparto Colón.

A ilha enfrenta uma crise de saúde interna não apenas pelo aumento de doenças que se tornaram endêmicas, mas também pela saída de milhares de médicos do seu sistema de Saúde no contexto da crise migratória e pela exportação de outros tantos através das missões do regime.

Em 2022, mais de 12.000 médicos da ilha deixaram o Sistema de Saúde Pública de Cuba, onde a infeliz crise do sistema de saúde obrigou muitos médicos a renunciar à sua profissão. Também saíram cerca de 7.414 enfermeiros, 3.246 estomatologistas e 4.579 técnicos.

Além disso, o regime cubano tem 3.800 médicos trabalhando no México e milhares mais distribuídos em diferentes países como parte das brigadas pelas quais cobra altas somas.

Este tipo de "cooperação" tem sido criticado como uma forma de financiar o governo cubano, que, por sua vez, ignora as carências de sua própria população.

Muitos questionam para onde vão os ingressos gerados por essas missões, pois a precariedade nos hospitais da ilha faz com que muitos cubanos prefiram permanecer em casa a enfrentar a crise nas instalações de saúde e a falta de atendimento médico.

A imprensa oficial, em vez de abordar a crise de insumos e medicamentos nos hospitais, escolhe culpar a população por não buscar atendimento, apontou o ICLEP.

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