Os casos de vírus de Oropouche importados para a Europa nas últimas semanas, principalmente por viajantes provenientes de Cuba, estão aumentando e já foram detectados pelo menos 19, de acordo com dados do Centro Europeu para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).
Na informação mais recente sobre o comportamento desta doença, o ECDC confirmou que foram registrados 12 casos importados de doença pelo vírus de Oropouche na Espanha entre junho e julho, todos relacionados a viagens a Cuba ou ao Brasil, aponta a agência Efe.
Assim, reporta que o vírus está presente, até o momento, na Itália (5) e na Alemanha (2); sendo dezoito casos com histórico de viagens a Cuba e um ao Brasil.
No início de agosto, o ECDC confirmou os dois casos de Oropouche que foram contabilizados na Alemanha, enquanto elevou para quatro os diagnosticados na Itália.
Enquanto que, em meados de julho, o ECDC revelou a detecção de seis casos da doença na Europa: três na Espanha e igual quantidade na Itália.
A nota da Efe alerta que o vírus de Oropouche se transmite principalmente aos humanos como resultado da picada de insetos como o jején ou o mosquito Culex quinquefasciatus, principalmente em regiões endêmicas.
No entanto, relata que o ECDC aconselhou aqueles que viajam para áreas endêmicas do vírus, detectado na América Latina, a terem "precaução", embora tenha admitido que o risco não é elevado.
"O risco de infecção por Oropouche para aqueles que viajam ou residem em áreas epidêmicas na América do Sul, América Central e no Caribe é considerado moderado. O risco, no entanto, aumenta para aqueles que visitam áreas muito afetadas, especialmente os estados do norte do Brasil e a região amazônica, e para aqueles que não tomam medidas de proteção adequadas", aponta o organismo.
O vírus do Oropouche está presente em todas as províncias cubanas, conforme declarou a doutora Carilda Peña García, vice-ministra do Ministério da Saúde Pública (MINSAP).
Em entrevista concedida ao Canal Caribe, indicou que existe "a circulação de duas arboviroses com uma evolução inicial muito parecida nos pacientes que procuram os serviços de saúde, ao que se soma a detecção de casos de Covid-19".
A situação se agrava e mantém os cidadãos da ilha em alerta, devido ao fato de que o Ministério da Saúde não conta com os equipamentos nem insumos necessários para enfrentar a doença, nem mesmo em medidas profiláticas.
O Diretor Nacional de Epidemiologia do MINSAP, Francisco Durán, reconheceu que o país não conta com combustível para fumigar contra os mosquitos.
Os sintomas da doença incluem febre alta, dores de cabeça e nas articulações, mal-estar geral, vômitos e diarreias, diferenciando-se da dengue pela duração da sintomatologia.
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