Em um combate acirrado do começo ao fim, o cubano Arlen López cedeu neste domingo diante do ucraniano Oleksandr Khyzhniak na rodada semifinal e disse adeus em Paris 2024 à possibilidade de se tornar o quarto boxeador capaz de ganhar três medalhas de ouro em Jogos Olímpicos.
Sobre o quadrilátero localizado na Paris Nord Arena, López, rei do Rio de Janeiro 2016 e Tóquio 2020, perdeu seu invicto em competições sob os cinco anéis contra um pugilista que, justamente, se tornou vice-campeão na capital do Japão, embora na categoria até 75 quilos.
Agora, nos 80 quilos, ambos os exponentes tiveram um grande duelo, mas Khyzhniak levou as cartas dos juízes, após uma votação apertada dividida (2-3) de 28-29, 30-27, 29-28, 28-29, 29-28.
Dessa forma, o guantanamero, que parece que não chegará a Los Angeles 2028, não pôde igualar a façanha alcançada pelo húngaro Laszlo Papp (1948, 1952, 1956) e seus compatriotas Teófilo Stevenson (1972, 1976, 1980) e Félix Savón (1992, 1996, 2000). No entanto, uma medalha de bronze será adicionada à sua magnífica trajetória.
O boxe da maior das Antilhas chegou à França com um total de cinco pugilistas, mas em rounds anteriores caíram o estelar Julio César la Cruz (92), Saidel Horta (57) e Alejandro Claro (51).
A outrora rainha indiscutível nesses certames da arte de Fistiana mal classificou um concorrente para a final: Erislandy Álvarez, que disputará o título diante do favorito local Sofiane Oumiha.
Álvarez voltou a exibir hoje uma ofensiva demolidora para vencer o georgiano Lasha Guruli nos 63,5 quilogramas.
O vice-campeão mundial de Tashkent 2023 soltou rajadas de golpes para não deixar margem para dúvidas e levou a votação unânime de 5-0 (30-26, 30-27, 30-26, 30-27, 30-27) sobre um Guruli que nunca conseguiu contrabalançar a ação de seu rival.
Desde Beijing 2008, Cuba não sai sem coroas do boxe olímpico. E a última vez que somou apenas duas medalhas foi no México 1968. Vale lembrar que esteve ausente em Los Angeles 1984 e Seul 1988.
Entretanto, o cubano naturalizado pelo Azerbaijão Loren Berto Alfonso superou seu conterrâneo Enmanuel Reyes, que compete pela Espanha, deixando-o com a medalha de bronze e avançando para a disputa pela glória olímpica.
O que você acha?
COMENTARArquivado em: