Líder venezuelana María Corina Machado afirma temer por sua vida e a de sua equipe.

María Corina Machado escreveu um artigo de opinião no meio americano The Wall Street Journal.

María Corina Machado © X/ Luis Aníbal Rincón Arguello.
María Corina MachadoFoto © X/ Luis Aníbal Rincón Arguello.

María Corina Machado, líder opositora venezuelana, enviou uma carta a seus seguidores na qual disse "temer por sua vida e a de sua equipe", após a forte ofensiva lançada pelo regime de Nicolás Maduro.

“Escrevo isso da clandestinidade, temendo por minha vida, minha liberdade e a de meus compatriotas da ditadura que lidera Nicolás Maduro”, disse em um texto publicado na seção de Opinião do The Wall Street Journal nesta quinta-feira.

Machado continua o escrito dizendo que “o senhor Maduro não ganhou as eleições presidenciais venezuelanas de domingo”.

A líder da oposição afirma, como tem dito reiteradas vezes desde 28 de julho, que Maduro "perdeu de maneira esmagadora para Edmundo González, com 67% dos votos contra 30%" e assegura que pode provar isso.

“Tenho recibos obtidos diretamente de mais de 80% dos centros de votação do país”, destaca no texto.

Da mesma forma, declarou que do comando opositor eram conscientes do fraude de Maduro. “Sabemos há anos quais truques o regime utiliza”, advertiu.

Indicou que “o regime nunca poderia ter imaginado que nosso movimento cresceria em número e se encarregaria lentamente de toda a base de votação do chavismo”, a quem qualificou como pessoas “cansadas de um quarto de século de divisão, ódio e ideologia”.

Relatou tudo o que fizeram, como força oposicionista, para demonstrar que os resultados eram irregulares e que “a prova deste descarado fraude foi fornecida aos chefes de estado de todo o mundo”.

Machado voltou a fazer um apelo à comunidade internacional para desconhecer o governo de Maduro e disse que “a repressão deve parar imediatamente, para que um acordo urgente possa ocorrer e facilitar a transição para a democracia”.

Desde que as autoridades do Conselho Nacional Eleitoral, um ente que está sob o controle do chavismo, declararam Nicolás Maduro como vencedor da contenda, as denúncias de fraude mobilizaram parte da nação, com especial presença de María Corina.

A coalizão oposicionista, para demonstrar isso, publicou as atas de votação que conseguiram salvaguardar das escolas eleitorais.

“Venezuelano, através deste link você poderá ver como, com seu voto e sua vontade, mudou a história da Venezuela. Aqui você encontrará as atas que até este momento processamos e totalizamos, e que confirmam nosso extraordinário triunfo”, destacou em um tuíte na terça-feira a líder oposicionista.

Sobre a violência desencadeada pelo regime de Maduro, que levou seus militares às ruas para reprimir a população que não reconhece sua proclama como vencedor das eleições, Machado declarou que "Venezuela e o mundo inteiro sabem que a violência é o último recurso do regime de Maduro", e ressaltou a natureza desesperada das ações governamentais.

Enfatizou que esses crimes não ficarão impunes e estendeu sua solidariedade às famílias das vítimas, aos presos e aos perseguidos por defender a vitória eleitoral.

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