María Corina Machado, líder opositora venezuelana, se pronunciou com firmeza após as recentes eleições, denunciando uma fraude eleitoral e uma repressão violenta por parte do regime de Nicolás Maduro.
Machado declarou que "Venezuela e o mundo inteiro sabem que a violência é o último recurso do regime de Maduro", e ressalta a natureza desesperada das ações governamentais.
Segundo Machado, a contundente vitória eleitoral de 28 de julho foi recebida com uma resposta brutal por parte do regime, caracterizada por "o assassinato, o sequestro e a perseguição".
Alertou a comunidade internacional sobre a escalada da violência, informando que nas últimas 48 horas foram registradas "mais de 177 detenções arbitrárias, 11 desaparecimentos forçados e pelo menos 16 assassinatos".
Machado afirmou que esta repressão é a "resposta criminosa de Maduro ao povo venezuelano que saiu às ruas em família, em comunidade, para defender sua decisão soberana de ser livres".
Enfatizou que esses crimes não ficarão impunes e estendeu sua solidariedade às famílias das vítimas, aos presos e aos perseguidos por defender a vitória eleitoral.
"Aos familiares dos assassinados, aos presos, aos perseguidos, aos feridos por defender a vitória eleitoral de 28 de julho, envio minha palavra de solidariedade e minha convicção de que vamos consolidar a vitória que obtivemos. Eu disse a eles que vamos até o final e ¡vamos até o final!", expressou com emoção.
Machado também agradeceu aos membros das mesas eleitorais, testemunhas e voluntários, reconhecendo sua valiosa contribuição.
"Entrego meu agradecimento como venezuelana e o RECONHECIMENTO pelo serviço histórico que prestaram à República, à liberdade, à democracia e aos seus próprios filhos", destacou.
Concluiu com uma mensagem de esperança e determinação: "Sintam-se orgulhosos. Vamos até o final e vocês serão membros e testemunhas da vitória consolidada."
Este miércoles, María Corina agradeceu e rejeitou a oferta de asilo político para ela e para o presidente eleito Edmundo González Urrutia, feita pelo governo da Costa Rica.
"Nossa prioridade é a proteção dos colegas asilados na Embaixada da Argentina. Minha responsabilidade é continuar essa luta junto ao povo. Desde a Venezuela, agradeço ao querido povo e ao governo da Costa Rica", expressou.
Edmundo González também deixou seu agradecimento às organizações internacionais e aos estados que mostraram seu apoio na crise que a Venezuela está vivendo.
"A comunidade internacional e os venezuelanos pedimos respeito pelos resultados e transparência eleitoral com a publicação de todas as atas. A verdade é o caminho para a paz", disse González.
O Centro Carter publicou um comunicado nesta quarta-feira onde questiona a legitimidade das eleições presidenciais realizadas na Venezuela e afirma que os pleitos não cumpriram os padrões internacionais de integridade eleitoral.
A organização afirma que não pode verificar ou corroborar a autenticidade dos resultados da eleição presidencial declarados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.
"O fato de que a autoridade eleitoral não tenha anunciado resultados detalhados por mesa eleitoral constitui uma grave violação dos princípios eleitorais" e impede que as eleições sejam consideradas democráticas.
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