A líder opositora María Corina Machado deixou uma mensagem emotiva aos venezuelanos a poucas horas da celebração de umas eleições presidenciais que poderiam mudar o curso da nação sul-americana, submetida ao chavismo há mais de duas décadas.
“Queridos venezuelanos, chegou o dia! Estamos há 25 anos lutando por um momento e o momento chegou”, escreveu no X, Corina, que detalhou em um vídeo três pedidos ao povo venezuelano para manifestar a unidade ao longo desta jornada eleitoral.
Primeiro momento: 5:00 da manhã.
O primeiro chamado é para às 5:00 da manhã, momento em que os venezuelanos deverão reproduzir o hino nacional “Gloria al bravo pueblo” de suas casas e celulares.
“Vamos demonstrar ao mundo que estamos prontos e unidos, que somos uma enorme maioria e que estamos orgulhosos de ser um país de libertadores”, explicou.
A líder oposicionista instou os participantes a gravar esse momento e compartilhá-lo nas redes sociais para amplificar a mensagem de unidade.
Segundo momento: 13:00.
O segundo momento chave ocorrerá às 13h, quando a dirigente do Vente Venezuela programou um evento ao vivo através de suas redes sociais para manter a comunicação e a coordenação entre os eleitores.
“Sua presença nesse live será uma demonstração de que estamos novamente unidos”, disse, e enfatizou a importância de se manter informado através de canais oficiais para evitar a desinformação que possa chegar do regime.
Terceiro momento: 18:00.
O terceiro e último chamado será feito ao fechamento dos centros de votação, às 18h00.
Machado exortou os cidadãos a permanecerem nos centros de votação para garantir a transparência no processo de escrutínio.
Insistiu que a contagem de votos é um direito cidadã e incentivou a população a supervisionar o processo "papelito por papelito" para garantir a integridade do resultado eleitoral.
A líder política chamou, além disso, a ignorar possíveis tentativas do regime de Maduro na hora de difundir mensagens que possam gerar medo ou confusão entre os eleitores.
"Habremos vivido uma jornada épica. Habremos construído a gesta histórica do nosso povo. Ninguém nos contará sobre isso porque cada um de nós terá sido protagonista desta história de liberdade. Será então a hora de celebrar. Que Deus nos abençoe!", concluiu.
Algumas chaves das eleições na Venezuela
Nicolás Maduro busca se consolidar no poder com um terceiro mandato, embora grande parte das pesquisas indique a vitória da opção oposicionista, que teve que se conformar em apresentar o ex-diplomata Edmundo González Urrutia como candidato depois que María Corina Machado, vencedora das primárias, foi inabilitada pelo governo de Maduro por 15 anos para exercer cargos públicos.
Um total de 21.392.464 venezuelanos maiores de 18 anos estão habilitados para votar nas eleições presidenciais. No entanto, estima-se que, dessa cifra, pelo menos 4,5 milhões de venezuelanos em idade de votar estão fora do país e não poderão participar nas eleições.
Para se inscrever no Registro Eleitoral, os eleitores no exterior deveriam ir a embaixadas ou consulados entre 18 de março e 16 de abril, mas muitos encontraram complicações ao fazê-lo, o que consideraram uma tentativa por parte do regime de Nicolás Maduro de retirar o direito ao voto.
No final, no exterior só poderão participar cerca de 69.000 devido às novas exigências do Registro Eleitoral.
Na Venezuela, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) habilitou mais de 15.700 centros de votação e 30.026 mesas eleitorais.
As mesas eleitorais funcionarão das 6:00 da manhã (horário local) até às 6:00 da tarde e permanecerão abertas enquanto houver eleitores na fila.
A posse do mandatário eleito ocorrerá em 10 de janeiro de 2025, conforme estabelece a Constituição venezuelana.
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