“É uma honra para mim contar com o apoio do Presidente e minha intenção é ganhar esta nomeação”, escreveu no X Kamala Harris, de 59 anos e atual vice-presidente dos Estados Unidos, sobre a confiança depositada nela pelo mandatário Joe Biden, após desistir da corrida presidencial.
Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, por meio de um comunicado, anunciava sua intenção de abandonar a corrida pela indicação do Partido Democrata rumo às eleições do próximo 5 de novembro.
"Companheiros democratas, decidi não aceitar a nomeação e concentrar todas as minhas energias em meus deveres como presidente durante o restante do meu mandato", assinalou Biden em uma mensagem publicada em sua conta pessoal da rede social X.
No entanto, antes de outras especulações, o mandatário deixou claro seu apoio a Harris, a primeira mulher vice-presidenta dos Estados Unidos.
“Hoje quero oferecer todo o meu apoio e respaldo para que Kamala seja a candidata do nosso partido este ano. Democratas: é hora de se unir e vencer Trump. Vamos fazer isso”, sentenciou Biden.
Além disso, a vice-presidente, além de agradecer a aprovação do mandatário, também expressou o reconhecimento pelos anos de serviço de Biden à frente da nação.
“Em nome do povo americano, agradeço a Joe Biden por sua extraordinária liderança como Presidente dos Estados Unidos e por suas décadas de serviço ao nosso país”, disse Harris.
A pequena mensagem termina com a pretensão de fazer tudo o que está ao seu alcance “para unir o Partido Democrata —e unir nossa nação— para derrotar Donald Trump e sua agenda extrema do Projeto 2025”.
Embora Kamala conte com o apoio do presidente Biden, sua nomeação deve superar vários processos, incluindo ultrapassar outros possíveis concorrentes.
Se bem é verdade que a seu favor, também está o fato de ser a mais conhecida no âmbito nacional estadunidense e, em uma possível disputa, poderia continuar com os fundos de campanha que Biden tem ao estar ao lado dele na cédula, também ressoam outros nomes no lobby democrata.
Entre eles estão os governadores da Califórnia, Gavin Newsom; de Illinois, J. B. Pritzker; de Michigan, Gretchen Whitmer; do Colorado, Jared Polis; e o da Pensilvânia, Josh Shapiro.
À Convenção Nacional Democrática, que começa em 19 de agosto, pode-se chegar com dois cenários: uma alternativa é o candidato já acordado, o que tornaria a reunião um simples procedimento. A outra é com vários possíveis sucessores, o que obrigará à votação, que não terminará até que haja uma maioria e se designe o substituto de Biden.
Primeira afroamericana (de origem asiática e caribenha) a se proclamar senadora pela Califórnia desde 2016 e ex-procuradora-geral desse estado, o mais populoso dos EUA, Harris foi considerada pelos especialistas políticos como o sopro de ar fresco que a candidatura democrata precisava em 2020 e que arrastou milhões de votos, tornando Biden o presidente mais votado da história do país nessa disputa.
Nascida em Oakland, no dia 20 de outubro de 1964, Harris estudou Direito e Ciências Políticas na Universidade Howard e na Hastings College of the Law da Universidade da Califórnia. Por sua idade, perfil e formação, foi vista como a próxima candidata à presidência, especialmente quando, no início de seu mandato, Biden foi considerado um presidente de transição, que não buscaria a reeleição.
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