Biden refere-se a Kamala Harris como "vice-presidente Trump" numa conferência de imprensa.

Donald Trump ridiculizou Biden chamando-o de "homemzinho". "O corrupto do Joe tem um sério caso de síndrome do distúrbio Trump", escreveu.


A conferência de imprensa de Joe Biden na quinta-feira, na qual o líder democrata tentava mostrar que está apto para continuar na Casa Branca, não conseguiu dissipar as dúvidas sobre seu estado de saúde mental.

Ao responder à primeira pergunta, Biden referiu-se acidentalmente a Kamala Harris como "vice-presidente Trump" e continuou a falar sem perceber o que tinha dito.

"Miren, não teria escolhido a vice-presidente Trump como vice-presidente se achasse que ela não está qualificada para ser presidente", afirmou.

Tratava-se do primeiro encontro com a imprensa após a sua péssima atuação no debate com Trump no mês passado.

Este não ficou calado e imediatamente compartilhou uma mensagem zombando do mandatário e chamando-o de "homenzinho".

O corrupto de Joe tem um caso grave da síndrome do distúrbio Trump", escreveu o político republicano em sua rede, Truth Social. "Grande trabalho, Joe!", ironizou.

Mais tarde, Biden respondeu no Twitter: "A propósito: sim, conheço a diferença. Um é um promotor e o outro é um criminoso", disse.

Lamentavelmente, a associação de Kamala com Trump não foi o primeiro lapso de Biden no dia.

Horas antes, durante o encerramento da cúpula da OTAN, ao apresentar o presidente da Ucrânia, Volodímir Zelenski, referiu-se a ele como "presidente Putin".

Naquela ocasião, ele percebeu o seu grave erro e corrigiu, justificando-se dizendo que estava tão concentrado em vencer Putin que tinha se enganado. Por sua vez, Zelenski encarou com humor e afirmou: "Eu sou melhor".

Apesar de Biden ratificar sua vontade de concorrer à reeleição em novembro, cada vez mais figuras próximas a ele aconselham que ele se retire da campanha e dê lugar a outros.

Um deles é seu amigo, o famoso ator George Clooney, reconhecido ativista democrata, que escreveu um artigo no jornal New York Times no qual aponta que Biden é muito velho para permanecer à frente do país e alerta que, caso não saia, o Partido perderá as eleições.

"Adoro o Joe Biden. Como senador. Como vice-presidente e como presidente. Considero-o um amigo e acredito nele. Acredito no seu caráter. Acredito na sua moral. Nos últimos quatro anos, ele ganhou muitas das batalhas que enfrentou. Mas a única batalha que não pode vencer é a luta contra o tempo. Nenhum de nós pode", escreveu.

É devastador dizer, mas o Joe Biden que vi três semanas atrás no evento de angariação de fundos não era o Joe Biden de 2010. Nem mesmo era o Joe Biden de 2020. Era o mesmo homem que todos vimos no debate - acrescentou.

Também a ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, sugeriu ao presidente que reconsidere sua decisão de permanecer na corrida.

"Corresponde ao presidente decidir se vai se candidatar. Todos estamos encorajando-o a tomar essa decisão, porque o tempo é curto", disse.

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