Quase quatro mil cubanos solicitaram ajuda ao governo do Uruguai em 2023.

Dados do Ministério do Desenvolvimento Social refletem uma necessidade crescente de assistência entre a população migrante da ilha e outros grupos de estrangeiros.

Migrantes en Uruguay © Facebook/Cubanos en Uruguay
Migrantes no UruguaiFoto © Facebook/Cubanos en Uruguay

Cerca de quatro mil cubanos solicitaram ajuda ao governo do Uruguai durante o ano de 2023, de acordo com os dados fornecidos pelo Ministério de Desenvolvimento Social (Mides) da nação sul-americana.

O Sistema de Monitoramento, Administração e Resolução de Trâmites (SMART) do Mides divulgou informações que refletem uma crescente necessidade de assistência entre a população migrante da ilha e outros grupos de estrangeiros.

Segundo a página digital do El País, o ministério também atendeu a mais de 1.800 venezuelanos, uma quantidade similar de argentinos, 1.300 brasileiros, e mais de 500 colombianos e dominicanos.

Em termos gerais, 13.610 estrangeiros receberam atenção cidadã no ano passado, um número superior ao ano anterior, quando foram atendidos 13.290 casos; enquanto foram registrados 11.053 em 2021 e 10.530 em 2020.

A situação poderá ser diferente em 2024, uma vez que o governo do Uruguai assinou um decreto que permitirá a cerca de cinco mil cubanos regularizar sua situação migratória no território, um benefício que os indocumentados solicitaram durante meses.

Dessa forma, após vários anos exigindo ações do governo para conceder-lhes residência, os cubanos nesse país e outros imigrantes finalmente têm essa opção ao alcance.

A normativa foi assinada pelo Ministério das Relações Exteriores e pelo Ministério do Interior e permitirá que os indocumentados legalizem-se por meio da "residência por arraigo", uma figura legal que beneficia os solicitantes de refúgio que não cumpriam as condições para serem elegíveis.

Esta medida beneficiará a cerca de 20.000 pessoas que permanecem de forma irregular no país.

No mês de maio, um cubano deu detalhes sobre como vivem os migrantes do Uruguai, muitos dos quais têm que se alojar em até 13 pessoas em uma pensão (como são chamadas lá essas casas para alugar).

Segundo detalhou, a habitação onde pernoita é composta por uma cozinha, dois banheiros, uma máquina de lavar, quartos sem ventilação - não especificou quantos - e "baratas por toda parte".

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