Cubanos afetados pela companhia aérea Wingo pedem explicações na Embaixada da Colômbia em Havana.

O embaixador colombiano afirmou que já foram apresentadas queixas contra a Wingo e que a companhia aérea está tomando as medidas apropriadas para resolver o problema.


Um grupo de cidadãos cubanos afetados pelas cancelações repentinas da companhia aérea Wingo compareceu nesta sexta-feira na Embaixada da Colômbia em Havana para pedir explicações.

Mais de uma centena de afetados, que até foram evacuados do aeroporto de Havana quando pediram informações à companhia aérea, expressaram seu descontentamento e frustração com a falta de respostas imediatas e eficazes diante da situação, conforme um vídeo postado no Facebook pelo usuário "Roberto Fdez Cruz".

O embaixador colombiano assegurou que já foram apresentadas queixas contra a Wingo e que a companhia aérea está tomando as medidas pertinentes para resolver o problema. No entanto, pediu aos afetados para terem paciência enquanto aguardam respostas concretas.

Uma mulher que se reuniu com os diplomatas da embaixada disse que o embaixador mostrou-lhe as denúncias apresentadas há duas semanas contra a Wingo e confirmou que a Colômbia não solicita nenhum visto de trânsito, conforme alega a companhia aérea.

No entanto, para as pessoas afetadas, tudo se resume a uma fachada e não foram oferecidas soluções.

Para começar, esses são trâmites demorados, tudo: reembolso, demandas, não há respostas imediatas. Para quem perdeu o voo, não há mais tempo, para aqueles que viajam em julho também não... A opção é pegar em outra companhia aérea... Uma companhia aérea que age por conta própria e uns funcionários que estão 'EXIGINDO'. Isso parece uma novela. Tudo soa como mentiras." indicou uma mulher.

Outra cidadã disse sobre a informação fornecida pela sede diplomática: "Senhores, não durmam desse lado. A embaixada não chegou a um acordo ontem, senão nós poderíamos voar, simples assim. Esse panfleto é só para a embaixada se limpar."

"Que Deus queira e permita que eu esteja errado. Mas não há clareza com a solução, a verdade", destacou outro afetado.

A situação continua a gerar incerteza entre os afetados, que esperam que sejam tomadas medidas rápidas e eficazes para resolver o problema e garantir seus direitos como passageiros, depois que a companhia aérea de baixo custo Wingo primeiro lhes pediu repentinamente um visto de trânsito para a Colômbia e depois cancelou os voos Havana-Bogotá, uma rota utilizada por muitos cubanos para emigrar para os Estados Unidos.

Na segunda-feira passada, vários cubanos foram desalojados do aeroporto de Havana após protestarem e pedirem explicações à companhia aérea Wingo.

A companhia aérea havia anunciado que, a partir de 8 de julho, solicitaria visto de trânsito para os cubanos que desejam voar para Bogotá, o que gerou uma grande preocupação entre os passageiros que temiam ficar retidos na ilha após terem comprado suas passagens.

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