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A China expressa "apoio firme" ao regime cubano.

O chanceler de Cuba Bruno Rodríguez Parrilla está em visita à nação asiática e depois viajará para a Rússia em busca da ajuda de seus principais aliados.

Bruno Rodríguez y Wang Yi © Cancillería China
Bruno Rodríguez e Wang YiFoto © Cancillería da China

O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, realizou uma reunião em Pequim com seu homólogo cubano Bruno Rodríguez Parrilla, na qual ratificou o "apoio firme" ao regime e expressou o interesse em expandir as áreas de cooperação e intensificar a colaboração multilateral em meio à crise econômica que assola a ilha.

Durante a reunião de alto nível, Yi elogiou Cuba por sua defesa "das posições justas da China em fóruns internacionais" e reafirmou o compromisso de apoiar seu aliado "na defesa de sua soberania e na luta contra a intervenção estrangeira", de acordo com a agência EFE.

Nesse sentido, o membro do Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China condenou o "embargo irracional dos Estados Unidos" e "a inclusão na lista de países patrocinadores do terrorismo".

"Ambos estados somos bons amigos, que confiam um no outro, bons camaradas que compartilham os mesmos objetivos e bons irmãos que compartilham as bondades e as desgraças”, destaca a nota publicada na página da chancelaria chinesa.

Entre muitos outros elogios, Yi elogiou Cuba por aderir à verdade, desafiar o poder e estabelecer uma bandeira de superação pessoal para a causa do progresso mundial. Além disso, expressou a vontade de transformar a confiança política mútua em medidas de cooperação mais pragmáticas em todos os domínios.

Rodríguez, por sua parte, destacou que a relação tem uma profunda base na opinião pública e é um ativo valioso que vale a pena levar adiante e herdar.

Cuba admira os feitos mundialmente reconhecidos na construção do socialismo com características chinesas sob a liderança do presidente Xi Jinping, e agradece sinceramente o seu firme apoio para resistir ao bloqueio irracional e à interferência dos Estados Unidos, superando as dificuldades temporárias na economia de Cuba", afirmou o chanceler da ilha.

O diplomata acrescentou que seu governo "reforçará a coordenação estratégica com a China, promoverá em conjunto a agenda do Sul Global e salvaguardará a soberania e a independência em prol de defender a causa do socialismo".

A visita do chanceler acontece após a realizada pelo primeiro-ministro Manuel Marrero, em novembro do ano passado, e a do presidente Miguel Díaz-Canel em 2022.

Há alguns dias, uma doação da China, composta por 66 contêineres com mais de 1.580 toneladas de arroz, chegou ao porto de Mariel, na província ocidental de Artemisa.

O envio foi o primeiro de um total de sete entregas que completarão 20.000 toneladas do importante cereal entre os meses de junho e agosto.

Da mesma forma, o governo cubano está imerso em uma campanha para aumentar o turismo proveniente da China. Na verdade, em maio, chegou a Havana um avião Boeing 787-9 da Air China com 116 passageiros, restabelecendo assim a ligação entre as capitais de ambos os territórios.

Cuba e China, com laços diplomáticos desde 1960, mantêm estreitas relações políticas, econômicas e comerciais, nas quais o país asiático se destaca como um dos principais aliados da ilha comunista.

Em 2023, Rodríguez mesmo refutou várias notícias que apontavam a existência de uma base chinesa de espionagem em Cuba e classificou de "falsas" as afirmações do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

As afirmações do Secretário de Estado dos Estados Unidos sobre a presença de uma base de espionagem chinesa em Cuba são falsas, totalmente falsas. A posição de Cuba sobre este tema é clara e inequívoca”, disse Rodríguez.

Como parte de seu periplo internacional, o chanceler cubano visitará a Rússia na semana que vem para participar de uma reunião ministerial do grupo BRICS na cidade de Níjni Novgorod e se encontrar com seu homólogo russo, Serguei Lavrov, em Moscou, informou o Ministério das Relações Exteriores russo.

O regime busca o apoio de seus principais aliados na tentativa de resgatar um país afundado em uma de suas piores crises devido, entre outros fatores, à ineficiência de seu sistema econômico centralizado e manifestada na escassez de combustível, alimentos, medicamentos e outros produtos básicos para seus habitantes.

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