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O censo da população em Cuba foi adiado até 2025 devido à crise no país.

O governo de Cuba adia novamente o censo populacional que estava previsto desde 2022, por falta de recursos.

La Habana (imagen de referencia) © CiberCuba
Havana (imagem de referência)Foto © CiberCuba

O Governo de Cuba adiou a realização do censo populacional para 2025, alegando que a situação econômica atual não permite avançar com a tarefa.

Este censo de população em Cuba estava previsto para ser realizado há dois anos, mas a escassez de recursos é grave na ilha.

O vice-chefe do Escritório Nacional de Estatísticas e Informação (ONEI), Juan Carlos Alfonso, reconheceu perante a imprensa internacional o impacto negativo da situação econômica em seu departamento, mas assegurou que o Estado cubano possui "registros muito sólidos".

O funcionário também confirmou o deterioro dos indicadores de bem-estar na ilha, colocando-a em um nível intermediário na América Latina.

Além disso, justificou que o ONEI elabora estatísticas que não são publicadas, como estimativas de migração e indicadores de desigualdade, por motivos políticos.

Cuba está há doze anos sem realizar o censo populacional e seria muito útil conhecer os dados atuais no país, especialmente após a crise migratória recente, pois estima-se que mais de meio milhão de cubanos tenham abandonado a ilha, sendo em sua maioria jovens em idade ativa.

"Obviamente que todo eso tem um custo, não há a menor dúvida, um custo na capacidade reprodutiva do país, um custo na capacidade produtiva do país", reconheceu o dirigente.

"Estamos trabalhando para realizar o registro prévio do censo este ano de 2024 e avaliar a possibilidade real de realizá-lo em 2025, dependendo das disponibilidades do país", afirmou Alfonso.

O atraso desta macro pesquisa afeta a disponibilidade de dados necessários para a elaboração de políticas públicas e outras contas governamentais. No entanto, o funcionário aproveitou a oportunidade para culpar o embargo econômico dos Estados Unidos pelo atraso.

Adicionou à lista de problemas a serem considerados no censo os efeitos da pandemia no país, as sanções durante o governo de Donald Trump e as distorções na economia cubana desde 2020.

Em sua opinião, todos esses fatores têm causado escassez, inflação, apagões frequentes e uma onda migratória sem precedentes.

Juan Carlos Alfonso reconheceu o aumento da vulnerabilidade e desigualdade na população, bem como o agravamento do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), desenvolvido pela ONU.

Também indicou que a desigualdade aumentou, conforme medido pelo Coeficiente de Gini, insinuando que atualmente está situado entre 0,4 e 0,5, uma cifra intermediária em comparação com outros países da América Latina.

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