O jornalista independente e preso político cubano Lázaro Yuri Valle Roca foi desterrado pelo governo castrista da ilha e deve chegar aos Estados Unidos nesta quarta-feira.
Valle Roca, who has been unjustly imprisoned for almost three years, will leave the country after his wife, Eralidis Frómeta, managed to obtain humanitarian parole at the US Embassy in Havana.
A notícia foi confirmada pelo Instituto Cubano pela Liberdade de Expressão e Imprensa (ICLEP) em seu site, onde esclareceu que a condição imposta pelos serviços de inteligência do regime cubano era de que a pessoa saísse para o exterior.
Nesse contexto, em 15 de maio passado, Valle Roca foi conduzido pelas autoridades da prisão Combinado del Este, onde estava preso, para realizar trâmites migratórios, e foi devolvido à prisão onde permaneceu até ser libertado.
"Yuri is finally free, although under the painful context of exile," commented Normando Hernández, general director of ICLEP, who received a message from Eralidis detailing that the couple took flight 2678 with an estimated landing time of 10:35 am.
Hernández perdeu comunicação com a mulher, mas mais tarde confirmou no site da American Airlines que esse voo estava atrasado 20 minutos e supostamente chegaria às 10h55 da manhã.
Lázaro Yuri foi preso em 15 de junho de 2021 após filmar e divulgar o vídeo em que ativistas lançaram panfletos do alto de um prédio em Havana com frases de José Martí, pedindo a libertação de presos políticos, a realização de eleições livres e a democracia em Cuba. Em 2022, ele foi julgado e condenado a cinco anos de prisão por propaganda inimiga de caráter contínuo.
Normando Hernández fez um apelo às organizações de direitos humanos e à diáspora cubana para apoiá-lo e facilitar sua integração nos Estados Unidos, garantindo que ele receba o tratamento médico necessário para recuperar sua saúde física e psicológica.
Também pediu ajuda para que sua filha e netos, que continuam em Cuba, possam se reunir com ele em Miami.
A chegada de Valle Roca a Miami marca o fim de um capítulo doloroso e a esperança de um novo começo. Sua libertação é um lembrete da importância da vigilância e pressão internacional na luta pelos direitos humanos e pela liberdade de expressão. O ICLEP celebra sua liberdade, mas também lembra que a luta pela justiça, direitos humanos, liberdade e democracia em Cuba continua", concluiu Hernández.
O opositor, comunicador da plataforma digital Delibera e neto do líder comunista Blas Roca Calderío, tem sofrido nos últimos anos maus-tratos físicos e psicológicos que têm prejudicado sua saúde.
Em outubro passado, a organização não governamental Cubalex denunciou que tinha sido agredida pelos guardas do Combinado del Este.
"...foi levado a um conselho de direção na prisão, onde foi espancado. Também lhe foi revogada a medida de acampamento, enviando-o para a prisão de segurança máxima no mesmo Combinado", disse Cubalex.
Dias depois, sua esposa o visitou na prisão e constatou que ele estava muito fraco, sem forças para nada e com uma condição física como a de uma pessoa com uma doença terminal.
Estão deixando-o morrer, sua situação é crítica ao ponto de poder resultar em um desfecho fatal", afirmou.
Em setembro, durante quatro dias, Valle Roca recebeu seu primeiro passe para poder visitar sua casa.
Fora da prisão, denunciou que não estava a receber cuidados médicos e que a sua condição de saúde era muito delicada. "Estou surdo, tenho perda de memória, estou a perder a visão, estou magro", disse o jornalista.
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