Cubanos do grupo chamado Exilio Unido já confrontaram manifestantes pró-Palestina depois de perceberem que colocaram um lenço em um busto de José Martí em Coral Gables, uma cidade localizada no condado de Miami-Dade, na Flórida.
Ramiro Collazo e Joel Riverón, que defendem a democracia e a liberdade dos presos políticos na ilha, interromperam o ato de profanação juntamente com Miguel Giménez, um morador da área que se juntou indignado com o que esses cúmplices do terrorismo estavam fazendo, relatou o usuário Marcel Valdés em sua conta do X.
Na sua publicação, Valdés adicionou que "estas mesmas personagens são aquelas que vão a Cuba para receber formação da ditadura, são os mesmos que, junto com Carlos Lazo e suas falsas pontes de amor, defendem a tirania castrista e o sistema comunista aqui nos EUA".
De acordo com os vídeos na referida rede social, Collazo, líder do grupo Exilio Unido Ya, removeu a peça pró-Hamas e pró-palestinos da estátua do Herói Nacional de Cuba, mas a tensão do momento resultou na presença policial.
A custódia dos oficiais foi denunciada por Riverón, que não entendeu por que o departamento estava defendendo atos de profanação de monumentos públicos e exigiu que o prefeito de Coral Gables, Vince C. Lago, se pronunciasse, a partir de seu perfil em X.
Não é a primeira vez que Collazo confronta membros do projeto Puentes de Amor. No mês de abril passado, ele teve um confronto com um sujeito chamado Carlos Manuel, conhecido como Indio Taíno, a quem repreendeu por seu apoio à ditadura castrista.
A discussão ocorreu no último domingo de abril em Homestead, durante um evento em comemoração ao 1º de maio convocado por cubanos simpáticos ao regime cubano.
"Exiliados cubanos integrados pelo grupo Exilio Unido Ya, ativistas e ex-presos políticos, que por sua vez convocam uma manifestação anticomunista no último domingo de cada mês, foram até Homestead para dizer diretamente na cara destes cúmplices da tirania todas as verdades que merecem", relatou no Facebook o próprio Valdés.
Lá participam parte do exílio histórico, ex-presos políticos dos plantados e de outras gerações, ativistas, movimentos, familiares de presos políticos e todo cubano anticomunista e amante da liberdade que queira se expressar e gritar liberdade. Temos a oportunidade de que em nossa comunidade existe este espaço, vamos potencializá-lo", demandou Valdés em outro post.
Puentes de Amor é uma organização liderada pelo professor cubano-americano Carlos Lazo, que inicialmente levava estudantes americanos a Cuba, com o objetivo de fortalecer o intercâmbio cultural entre os dois países. Depois, começou a coordenar doações para suposta ajuda ao povo cubano e, aos poucos, foi ganhando notoriedade até ser recebido pessoalmente pelo governante Miguel Díaz-Canel.
Lazo considera que seu projeto "não se trata de política", mas de humanidade, e que "o bloqueio é imoral". Seu grupo pede o fim do embargo dos Estados Unidos e arrecada alimentos e medicamentos para a Ilha.
No entanto, é incapaz de admitir que a gestão ruim do governo é a verdadeira causa da atual crise cubana e, claro, ignora completamente questões como repressão, presos políticos e a falta de liberdades.
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