Políticos americanos estão exigindo respostas do presidente Joe Biden por permitir que uma delegação do regime cubano visite as instalações de controle do Aeroporto Internacional de Miami (MIA).
Cinco representantes do Partido Republicano, incluindo quatro cubano-americanos, enviaram uma carta ao Secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, alertando para a grave ameaça representada pela presença de funcionários cubanos em áreas sensíveis do MIA para a segurança nacional.
Os membros do Congresso dos Estados Unidos Mario Díaz-Balart, María Elvira Salazar e Carlos Giménez, juntamente com os senadores Marco Rubio e Rick Scott, todos da Flórida, manifestaram sua profunda preocupação e indignação com o convite e a visita à terminal aérea de operações do regime.
"Foi relatado que esses agentes acessaram áreas restritas e conseguiram ver protocolos de segurança confidenciais do aeroporto", diz a carta, que também foi enviada ao administrador de Segurança no Transporte, David Pekoske.
"Esperamos que levem este incidente tão a sério quanto nós e solicitamos a ambos uma explicação completa sobre como tal incidente pôde ocorrer", acrescenta o documento.
Díaz-Balart afirmou que precisam de respostas imediatas sobre quem autorizou esta visita e por que o fez. "Proteger nossa segurança nacional e a do povo americano deveria ser nossa primeira prioridade", expressou no Twitter.
Os signatários da carta solicitam à administração que responda antes de 24 de maio a várias perguntas, como quais áreas do aeroporto os funcionários cubanos visitaram, que vistos lhes foram concedidos e em quais aeroportos dos Estados Unidos representantes de Cuba ou de outros países designados pelo Departamento de Estado como patrocinadores do terrorismo estiveram.
"Sob qual autoridade a Administração de Segurança nos Transportes (TSA) e o Departamento de Segurança Nacional convidaram membros do Partido Comunista de Cuba para áreas sensíveis do MIA?", é outra das questões.
"Que protocolos de segurança aplica a TSA nas visitas de estrangeiros nos aeroportos dos Estados Unidos?", "Qual é o processo para autorizar visitas guiadas pela TSA?", "A TSA seguiu esse processo neste caso?" e "Qual é o contato atual do LDP (Last Departure Airport) no MIA e quando foi informado da visita?", conclui o questionário.
Marco Rubio enfatizou que nenhum membro do regime cubano deve ser autorizado a entrar nos Estados Unidos, "muito menos o governo Biden permitir que eles visitem o Aeroporto Internacional de Miami".
A administração Biden justificou esta semana a polêmica visita de funcionários cubanos ao MIA, indicando que se tratou de um intercâmbio entre profissionais para promover a segurança da aviação civil em ambos os países.
Segundo declarou a um funcionário do Departamento de Estado à Martí Noticias, a TSA está trabalhando em estreita colaboração com seus homólogos cubanos neste campo específico.
Isso significa que a TSA irá inspecionar os aeroportos cubanos para certificar sua capacidade de receber voos para os Estados Unidos e visitas recíprocas ocasionais do Ministério dos Transportes cubano a aeroportos americanos para discutir as melhores prática.
A visita ocorreu poucos dias depois que a administração Biden retirou Cuba de uma lista de países que "não cooperam plenamente" com os esforços antiterroristas, (embora ainda permaneça na lista de Estados patrocinadores do terrorismo).
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