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Apagão relatado no Hospital Oncológico de Santiago de Cuba

“As enfermeiras e nós estamos apontando a lanterna do telefone um para o outro”, relatou um paciente.

Pacientes del Hospital Oncológico de Santiago de Cuba (Imagen de referencia) © Hospital Oncológico "Conrado Benítez García" / Facebook
Pacientes do Hospital Oncológico de Santiago de Cuba (imagem de referência) Foto © Hospital Oncológico "Conrado Benítez García" / Facebook

Pacientes e acompanhantes do Hospital Oncológico Santiago de Cuba relataram nesta quarta-feira um apagão que começou à tarde e durou várias horas.

Como revelado em Facebook o jornalista independente Yosmany Mayeta LabradaÀs 19h30 não havia energia elétrica na instituição.

A explicação que lhes foi dada foi que a central eléctrica ou o grupo gerador não tinha o óleo necessário e a previsão era que teriam de trabalhar sem electricidade durante algumas horas.

“As enfermeiras e nós estamos nos iluminando com a lanterna do telefone”, denunciou um afetado. "Ligamos para o Partido e para todos os lugares e eles continuam nos isolando."

Captura de Facebook / Yosmany Mayeta Labrada

Mais de uma centena de pessoas comentaram a publicação com indignação, preocupadas com a situação dos pacientes oncológicos, muitos dos quais dependem de aparelhos eletrônicos para seus tratamentos.

Outros disseram que apagões e problemas com a fábrica não são novidade naquele hospital.

“Desde que meu pai foi internado (e já está morto há um ano e meio) a usina já apresentava problemas, a radiação não podia ser dada quando não havia energia porque consumia muito e sobrecarregava o grupo gerador que já estava danificado e teve problemas. “Não quero nem imaginar como será agora”, disse Alma Mía.

“Não é só o Hospital Oncológico Infantil Sur, La Colonia, que está na mesma situação. Para ir até lá é preciso primeiro perguntar se a sala da guarda tem eletricidade”, denunciou Anny Rambla.

“O Hospital Oncológico e o Hospital Materno Sur pertencem ao mesmo circuito e estão desligando a energia todos os dias, não me parece que as plantas aguentem. lanterna de celular, é possível que também fizessem partos e operações como essa", disse Deysi Román Barbier.

"Só tenho uma pergunta... E como são mantidos os pacientes que têm suporte de vida? Porque talvez haja alguns casos que estão em risco. Os problemas do fluido elétrico são conhecidos e conhecidos, mas esses setores hospitalares não estão preocupados. Deveria haver falta de energia elétrica devido ao perigo para a vida dos seus pacientes", sublinhou Ernesto de La Paz Gonzáles.

Na quarta-feira, eles registraram Apagões de 24 horas devido a um défice superior a 1200 MW, mostra que a crise elétrica piora a cada dia.

A realidade voltou a superar a previsão dos especialistas do Sindicato Elétrico, que tinham anunciado um impacto de 810 MW. Às 20h50 foram registados valores de 1268 MW, mais 458 que o estimado.

A empresa também indicou que Apagões vão aumentar durante o mês de junho devido ao aumento de obras de manutenção em diversas termelétricas.

“Conforme informado nestes meses de janeiro a junho, as atividades de manutenção nas Usinas Térmicas, de Energia e de Geração Distribuída são ampliadas com o objetivo de atingir os meses de maior consumo e demanda de energia elétrica, que são julho e agosto, meses além disso, o resto da população", explicou a entidade.

O Sindicato afirmou que irá cumprir “o plano de manutenção até aos últimos dias de junho” para minimizar os efeitos no verão.

No entanto, em julho e agosto também haverá apagões “se houver alguma interrupção imprevista de unidades geradoras”.

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