A União de Ferrovias de Cuba implementou um serviço em abril passado que cobre a rota entre Santiago de Cuba e Guantánamo, direcionado a estudantes universitários matriculados na Universidade de Oriente.
Esta iniciativa representa um alívio em meio à crise do transporte, que impacta de forma significativa os estudantes que precisam viajar semanalmente entre as duas províncias, como reconheceu Eduardo Rodríguez Dávila, Ministro do Transporte em Cuba, no Facebook.
Conforme explicou, o serviço começou no dia 29 de abril, com duas saídas semanais (segunda e sexta-feira) às quatro da manhã, da estação ferroviária de Guantánamo até a terminal Senén Casas Regueiro, em Santiago de Cuba, e retorna à uma da tarde.
O funcionário enfatizou que o "trem universitário" está disponível para a comunidade acadêmica com quatro vagões alemães, com uma capacidade total de 350 passageiros, puxados por uma locomotiva de porte médio.
Ressalto que a viagem tem uma duração aproximada de três horas e 40 minutos, com 11 paradas regulamentares estabelecidas pelo itinerário.
Além disso, ressaltou que a rota tem um preço de origem a destino de 100 pesos, embora se aplique a tarifa por trechos e, no caso dos estudantes, eles pagam apenas 50 por cento.
O jornal oficialista Venceremos informou no Facebook que essa alternativa dará prioridade aos estudantes; no entanto, também estará disponível para o restante da população, que atualmente enfrenta restrições na sua mobilidade entre as duas províncias devido ao aumento dos preços dos transportadores privados, que constituem o principal meio de transporte.
"Devem sempre portar o cartão que os credencia como estudantes", apontou o portal de notícias.
Usuários nas redes sociais pediram que a iniciativa priorizasse também os pacientes que viajam para Santiago de Cuba para serem tratados no Hospital Oncológico Conrado Benítez, que atualmente enfrentam escassez de transporte ou altos preços nas vias privadas.
Outros expressaram sua gratidão pela opção do "trem universitário", mas ao mesmo tempo exigiram alternativas semelhantes para os jovens residentes na cidade de Baracoa, uma vez que muitos foram obrigados a abandonar a universidade devido à impossibilidade de arcar com o custo do transporte semanal.
Nos últimos anos, o agravamento da crise em Cuba afetou de maneira particular o transporte, impactando significativamente os universitários que precisam se deslocar para outras províncias próximas para dar continuidade aos estudos.
À péssima comida nas residências universitárias, que é compensada com alimentos e dinheiro que os alunos trazem de casa, somam-se os altos preços do transporte, muitas vezes privado.
A essa situação enfrentam-se aqueles que vivem no município especial Ilha da Juventude, afetados pelo péssimo serviço que o governo oferece àqueles que precisam sair do território com regularidade.
Em um texto compartilhado em seu perfil no Facebook, Rodríguez Dávila, Ministro dos Transportes em Cuba, admitiu que o processo é extremamente incômodo e complicado, desde a compra da passagem até a chegada.
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